Aguirre abre o jogo sobre saída do São Paulo: “Óbvio que foi injusto, mas fica para trás”

| GAZETA ESPORTIVA


Aguirre criticou as circunstâncias de sua demissão no São Paulo (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Após ser demitido do São Paulo no fim de 2018, Diego Aguirre praticamente não falou com a imprensa e nem explicou seu lado da história. Mais de um ano depois, o uruguaio finalmente abriu o jogo, criticou as circunstâncias de sua saída, mas se disse orgulhoso pelo trabalho no Tricolor.

“Me sinto feliz de ter sido técnico do São Paulo, um dos maiores times do mundo, então ninguém vai tirar isso de mim. Tenho a tranquilidade de que marcamos um caminho, demos uma identidade à equipe, fomos protagonistas e tivemos um ano muito bom. Deixei muitos amigos, muitas lembranças boas, sempre fico com as lembranças positivas”, contou em entrevista aos canais ESPN.

Apesar de guardar os bons momentos, o treinador deixou bem claro que não entendeu sua demissão. Após liderar o Brasileirão na virada do turno, o São Paulo caiu de produção e lutava por uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores, a cinco rodadas do fim.

“Óbvio que foi ruim, que foi injusto, que não dá para entender, mas isso fica para trás. Eu preferi não falar no momento (logo após ser demitido) porque eu estava ferido, estava mal e poderia falar alguma coisa que poderia me arrepender. Então deixei passar o tempo. Nós que estamos no futebol sabemos que acontecem essas coisas, faz parte”, contou.

“O que não deu para entender foi (a demissão) a cinco jogos do fim do ano. Acho que não dava. Tinha que esperar que acabasse a temporada e aí seria uma situação mais normal. Mas está tudo bem, eu já deixei para trás. Eu senti que merecia outro final, acabar o contrato, tudo bem, vou embora, obrigado por tudo. Ás vezes as pressões ou as decisões fazem coisas como essa”, continuou o treinador.

Aguirre caiu após um empate com o Corinthians por 1 a 1, na Arena, pela 33ª rodada do Brasileirão. Depois do clássico no sábado, o técnico se reuniu no domingo com Raí, executivo de futebol, e Alexandre Pássaro, gerente-executivo de futebol, quando foi comunicado da decisão.

O uruguaio, que jogou ao lado de Raí no São Paulo em 1990, contou que tinha um bom relacionamento com o dirigente, mas que não entendeu se foi ele quem decidiu pela sua saída.

“Agora, não entendi o final. Como terminou a história. Eu senti que ele (Raí) tinha que ficar firme e falar ‘fica 20 dias, vamos acabar com isso’. Não sei (quem decidiu demitir). Se ele tomou a decisão, errado ou não, eu respeito. Se ele não tomou a decisão, não sei o que está fazendo aí. Quero imaginar que foi ele”, completou Aguirre.



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