Atlântico e Marreco jogam pela Liga Nacional de Futsal atrás de ritmo

Estreia das equipes na edição deste ano terá transmissão da TV Brasil

| LINCOLN CHAVES


© Adolfo Pegoraro/Divulgação Marreco Futsal/Direitos Reservados

Atlântico Erechim e Marreco Futsal estreiam neste domingo (23), às 11h (horário de Brasília), na edição 2020 da Liga Nacional de Futsal (LNF). O jogo em Erechim (RS), com portões fechados em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), terá transmissão ao vivo da TV Brasil, marcando a volta da competição à televisão aberta após mais de uma década. A narração é de Ramiro Ruschel, com comentários de Choco, ex-jogador da seleção brasileira. As reportagens serão de Adriene Lacerda, com a participação do influenciador digital Rodrigo Saldanha.

A partir do dia 23, a bola volta a rolar nas quadras de futsal e na #TVBrasil. Venha conferir #AoVivo as emoções dos jogos da #LigaNacionalDeFutsal 2020 na telinha da sua #EmissoraPública | Domingo, 11h, na TV Brasil | Saiba como sintonizar na sua região: https://t.co/LNBnNcWCdp pic.twitter.com/q0jpQsR1Ru

Doze times diferentes foram campeões da LNF em 24 temporadas, sendo que sete estão na briga pelo título deste ano. O Carlos Barbosa, com cinco taças, é o maior vencedor, seguido pelo Jaraguá, com quatro. A Intelli (com sede em Dracena, mas que surgiu em Orlândia, ambas cidades do interior paulista) e o Pato Futsal, atual bicampeão, somam duas conquistas. Já Sorocaba, Joinville e Corinthians têm um título cada.

As outras 14 agremiações que competem em 2020 buscam o troféu inédito. Entre elas, a que mais vezes chegou perto foi o Atlântico, vice em 2005 e 2018. Após um início de década irregular, a equipe de Erechim está há quatro anos seguidos alcançando o mata-mata. “Nós não temos o maior investimento, mas sempre temos equipes competitivas. Esperamos brigar na ponta, mas tendo os pés no chão', afirma Giba, técnico do time gaúcho, à Agência Brasil.

Devido à pandemia, as equipes ficaram meses sem treinar presencialmente, limitados a exercícios orientados por videoconferência. A volta às práticas em grupo foi gradual, dependente da liberação dos órgãos de saúde estaduais, que flexibilizavam ou restringiam as atividades conforme o estágio da contaminação da covid-19.

“Foi um grande desafio para todos os técnicos. Sei que minha equipe terá dificuldades, assim como todas, principalmente no ritmo de jogo. Porém, é um processo de retomada, no que diz respeito às valências físicas, técnicas e táticas', explica o treinador do Atlântico. “Poucos viveram uma situação como essa, de uma paralisação tão extensa. Sabemos que vai ser prejudicial, mas temos que nos adaptar. Para a gente, voltar é motivo de satisfação e de muita expectativa', emenda.

Adversário dos gaúchos na partida com transmissão da TV Brasil, o Marreco disputa a LNF desde 2016, tendo sempre chegado às fases eliminatórias. Em 2017, a equipe de Francisco Beltrão (PR) foi às semifinais, superada pela Assoeva, de Venâncio Aires (RS), que ficou com o vice-campeonato. Desta vez, com investimento reduzido, o projeto é, principalmente, o de reformular o elenco.

“Nossa pretensão, primeiro, foi fazer um grupo mais novo, pensando no futuro. Uma equipe jovem, operária, com jogadores mais leves, de velocidade', detalha o treinador do Marreco, Serginho Schiochet, à Agência Brasil. “Diante da reformulação, perdemos quatro atletas e buscar jogadores novos dentro da situação, pela perda de patrocínios, como aconteceu com a maioria das equipes, foi muito difícil. Mas temos um elenco muito focado, que trabalha forte para nos levar às melhores colocações', garante.

Tal qual o Atlântico, o Marreco teve de adaptar à rotina dos treinos às normas de saúde na pandemia, com uso de máscaras e álcool gel, aferição de temperatura e pouco tempo para atividades em conjunto. “Será um ponto de interrogação para todas as equipes. É um campeonato curto, com uma primeira fase rápida, em 30 dias se definirá muita coisa. Nossa chave, especialmente, é a mais difícil, então todo jogo será uma decisão, enfrentando equipes tradicionais, que mantêm suas bases a dois, três anos', conclui Serginho.

Por conta da pandemia, a LNF alterou a forma de disputa da competição. Ao invés de as equipes jogarem em turno único na primeira fase, como foi até 2019, elas foram separadas em três grupos com sete times. Segundo a Liga, as divisões foram regionalizadas para diminuir o deslocamento de pessoas. As chaves ficaram assim:

Grupo A: Brasília, Corinthians, Intelli Tempersul, Magnus Sorocaba, Minas Tênis Clube, Praia Clube e São José.

Grupo B: Carlos Barbosa, Atlântico, Blumenau, Cascavel, Foz Cataratas, Joinville e Marreco.

Grupo C: Assoeva, Campo Mourão, Jaraguá, Joaçaba, Pato, Tubarão e Umuarama.

Os clubes se enfrentam duas vezes entre si nas chaves, ida e volta. Os cinco primeiros de cada grupo, mais o melhor sexto colocado, avançam às oitavas de final.

Veja a tabela da LNF aqui.

Edição: Fábio Lisboa

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