Meio Ambiente
Queimada no Pantanal de MS já destruiu área equivalente a 9 vezes o tamanho da cidade do RJ, diz Ibama
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente nas últimas 48 horas foram 193 focos de incêndio. Imagens de ponte em chamas impressionam.
| G1 / CRISTIANO GOMES, AGUINALDO SOARES E NADYENKA CASTRO, TV MORENA E G1 MS
A queimada no Pantanal sul-mato-grossense já destruiu um milhão e cem mil hectares de vegetação do cerrado brasileiro, área equivalente a 9 vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, conforme o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). O fogo é tanto, que é comum as cidades de Corumbá e Ladário ficarem encobertas por fumaça, prejudicando a respiração dos moradores. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), somente nas últimas 48 horas foram 193 focos de incêndio.
Por conta dessa situação, a União reconheceu situação de emergência nas cidades de Corumbá e Ladário, conforme publicado na edição desta quinta-feira (06) do Diário Oficial da União. Com isso, o estado fica autorizado a fazer compras necessárias para o combate ao incêndio, com dispensa de licitação, execução de ações de socorro e assistência humanitária.
Ainda por conta da grave situação das queimadas, no fim de julho a Força Aérea encaminhou aviões para ajudar a jogar água nas áreas de mais difícil acesso. A Marinha também ajuda bombeiros e servidores do Ibama que atuam no combate.
Mesmo com o reconhecimento de situação de emergência e de que o fogo se alastra pela região um bombeiro de Mato Grosso do Sul foi encaminhado para ajudar a combater a queimada que também atinge o Pantanal de Mato Grosso.
A situação está tão crítica no Pantanal de Mato Grosso do Sul, que as imagens de uma ponte de madeira em chamas, em uma estrada de acesso a fazendas e destino turísticos, reflete a realidade que somente combatentes conseguem ver de perto em pontos de difícil acesso.
A ponte fica na MS-228, que leva o nome de Estrada Parque. A via é toda de chão e como esse ano não teve cheia no Pantanal, está tudo seco, o que faz com que o fogo se alastre mais fácil. O trecho da rodovia foi interditado pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).
Para se ter uma ideia da rapidez com que se o fogo se alastra, em abril, a estimativa do Corpo de Bombeiros era de que o fogo já tinha destruído 220 mil hectares no período de cerca de dois meses. A área é equivalente a quase duas vezes o tamanho do município do Rio de Janeiro (120 mil hectares, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE).
O número de focos na região já é o maior número mapeado pelo Inpe, no período desde 1998, ano em que o monitoramento começou a ser realizado.
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