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COVID-19: consumo de energia no mercado livre tem alta de 1,7% em julho
Ambiente regulado ainda puxa queda no sistema elétrico brasileiro, que registra redução de 1,2%
| ASSESSORIA
O consumo de energia no mercado livre avançou 1,7% em julho, na comparação com o mesmo período de 2019, resultado que reflete a retomada gradual da atividade econômica após o período de maior isolamento social. Além disso, novos estados apresentaram sinais de recuperação no mês passado, como indica o mais recente estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, com dados atualizados até o dia 24/07.
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) inclui tanto os grandes consumidores de eletricidade, como indústrias, quanto os chamados consumidores especiais, que demandam menores volumes de carga, com aquisição de energia de fontes renováveis. Entre os consumidores especiais estão shopping centers e estabelecimentos comerciais, que têm voltado a funcionar paulatinamente nas últimas semanas.
No Brasil como um todo, o consumo apresentou retração média de 1,2% nas três primeiras semanas de julho, em relação ao ano passado. O mercado regulado, composto pelas residências, comércios e prestadores de serviços de menor porte, foi o que puxou para baixo o resultado, apresentando retração de 2,6% no período. Os percentuais não consideram expurgos de migrações entre os ambientes.
Para efeitos de comparação, em abril, mês em que houve a maior queda devido às medidas de combate à COVID-19, a retração chegou a 12,1% no Sistema Interligado Nacional - SIN, com diminuição de 11,5% no mercado regulado e de 13,6% no livre.
Os dados são preliminares e levam em conta o consumo total do mercado cativo, em que o consumidor compra energia diretamente das distribuidoras, e do livre, que permite a escolha do fornecedor e a negociação de condições contratuais. Além disso, o estudo não considera os dados de Roraima, único estado não interligado ao sistema elétrico nacional.
Para mais detalhes sobre o panorama recente do setor de energia, consulte a ferramenta online da CCEE, que apresenta análises do consumo em base diária, permitindo filtros por ambiente de contratação, submercado, unidade federativa e por segmento de atividade.
Ramos de atividade
Com relação ao consumo de energia por ramo de atividade, em julho, já é possível observar a retomada em cinco segmentos: bebidas (8%), saneamento (7%), químicos (3%), alimentos (3%) e minerais não-metálicos (2%). Outros setores ainda apresentam retrações expressivas, mas menos intensas do que as registradas nos meses de maiores restrições.
Já expurgados os efeitos de migrações para o mercado livre, os setores com as quedas mais relevantes foram os serviços (-23%), a indústria automotiva (-17%), transportes (-13%) e o segmento têxtil (-11%).
Análise regional
A CCEE analisou ainda o desempenho do consumo de energia elétrica dos estados. Quando se avalia o resultado de julho (até o dia 24), percebe-se que oito estados apresentaram elevação, com o maior percentual verificado no Amapá (7%), seguido por Pará e Mato Grosso, com alta de 5% cada, Amazonas apresenta alta de 4%, além do Maranhão e do Tocantins, empatados com crescimento de 3%. Goiás e Rondônia encerram a lista dos estados que elevaram seu consumo no último mês com alta de 2%. Três estados tiveram estabilidade: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Por outro lado, ainda apresentam reduções expressivas o Rio Grande do Sul (-10%), Mato Grosso do Sul (-7%), Paraná (-6%) e Sergipe (-6%).
Sobre a CCEE
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE ( www.ccee.org.br) é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no país, garantindo a segurança e o equilíbrio financeiro deste mercado. A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos, mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no ambiente livre e no mercado de curto prazo - por meio de regras e mecanismos que promovam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor (geração, distribuição, comercialização e consumo).
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