Com apoio de Vander, água chega para aldeias de 10 municípios de MS

| FOLHA DE DOURADOS


Foram iniciados em outubro os serviços de perfuração de poços artesianos em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul conduzidos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) em parceria com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Serão 24 poços em 10 municípios.

A parceria foi possível graças à articulação política promovida em Brasília pelo deputado federal Vander Loubet (PT-MS), atendendo reivindicação do coordenador do Dsei-MS, Lindomar Terena.

“Quando assumimos o Dsei, havia uma demanda enorme por água nas aldeias, principalmente pela forte seca que tivemos, e tínhamos um acordo de cooperação pendente com a Funasa. Com a ajuda do deputado Vander, conseguimos a aprovação desse acordo e cada órgão entrou com a estrutura e pessoal que tinha à disposição, em uma soma para que pudéssemos iniciar esse trabalho”, explica Lindomar.

O serviço conta com o apoio do Governo do Estado – por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) – e das prefeituras dos municípios contemplados.

O deputado Vander afirmou que não tem cabimento que os indígenas tenham dificuldade de acesso a água e que, por isso, é necessário o empenho de todos os entes federados para a solução desse problema.

“Se a gente que é cristão não se indignar de ter nossos parentes indígenas sem algo que é tão essencial como é a água potável, em pleno século XXI, então a gente não é ser humano. É por causa disso que nosso mandato tem batalhado muito para viabilizar água nas aldeias”, pontua o parlamentar.

Vander frisa ainda que, desde 2023, em parceria com o Dsei, a Funasa, a Secretaria de Estado da Cidadania (SEC) e o deputado estadual Zeca do PT, intensificou a busca por recursos junto ao Governo Federal, a Itaipu Binacional e o Governo do Estado para levar abastecimento de água às comunidades indígenas que enfrentam essa dificuldade.

“Tanto o Zeca quanto eu desde 2015 colocamos emendas, como deputados federais, para esse objetivo. Também conseguimos uma emenda de bancada em 2020. Mas ainda não foi o suficiente, por isso expandimos o arco de parcerias para tentar atender toda essa demanda que os indígenas de Mato Grosso do Sul têm em relação à água”, justifica o deputado.

Por meio do termo de cooperação, serão atendidas as seguintes aldeias/comunidades indígenas:

Porto Murtinho – Alves de Barros (1 poço), Córrego D’Ouro (1) e São João (1) Miranda – Ka’ikoe (1), Nossa Senhora de Fátima (1), Argola (1), Morrinho (1), Moreira (1) e Lalima (3) Dourados – Jaguapirú (2) e Bororó (2) Aquidauana – lmbirussú (1), Lagoinha (1) e Bananal (1) Antônio João – Campestre (1) Paranhos – Pirajuí (1) Tacuru – Jaguapiré (1) Amambai – Amambai (1) Sidrolândia – Lagoinha (1) Dois Irmãos dos Buriti – Nova Buriti (1)Porto Murtinho – Alves de Barros (1 poço), Córrego D’Ouro (1) e São João (1)Miranda – Ka’ikoe (1), Nossa Senhora de Fátima (1), Argola (1), Morrinho (1), Moreira (1) e Lalima (3)Dourados – Jaguapirú (2) e Bororó (2)Aquidauana – lmbirussú (1), Lagoinha (1) e Bananal (1)Antônio João – Campestre (1)Paranhos – Pirajuí (1)Tacuru – Jaguapiré (1)Amambai – Amambai (1)Sidrolândia – Lagoinha (1)Dois Irmãos dos Buriti – Nova Buriti (1)

As obras começaram pelo município de Miranda, em 17 de outubro, onde originalmente estavam previstos apenas quatro (4) poços. Porém, por conta da parceria com a Prefeitura, foi possível ampliar esse número para oito (8).

“Em todos os municípios atendidos estamos trabalhando com apoio das prefeituras, porém, em Miranda, o prefeito Fabio Florença surpreendeu a gente de forma muito positiva e deu condições para que pudéssemos dobrar o número de poços a serem perfurados”, detalha Lindomar.

De acordo com o setor de Engenharia do Dsei-MS, o investimento médio para implantação de um poço artesiano em área rural é de R$ 200 mil, porém, por conta da otimização de maquinário e mão de obra, cada poço implantado está tendo custo estimado de R$ 100 mil, o que significa uma economia de 50% em relação ao valor de mercado. Pelo cronograma de serviços, a expectativa é que as obras terminem ao longo de 2025.