Moradores de MT perdem R$ 2,5 milhões em pirâmide financeira

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Caminhonete foi apreendida na casa da empresária suspeita de liderar os golpes. (Foto: PJC/MT)

Na operação houve o cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, bloqueios de bens e valores e suspensão de atividades econômicas de empresas, nas cidades de Cuiabá, Jaciara, Rondonópolis, Sinop.

De acordo com a Decon, os prejuízos podem ser superior a R$ 2,5 milhões, já que nem todas registraram ocorrência.

Os investigados respondem por crime contra a economia popular, crime contra as relações de consumo, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Como era o esquema de pirâmide financeira

A líder do esquema, dona de uma empresa de investimentos, usava as redes sociais para atrair as vítimas, com argumentos e promessas de lucros de 2% a 6% por dia, dependendo do valor investido.

A empresária convencia as vítimas a fazerem investimentos altos, superiores a R$ 100 mil iniciais, em ações. Os investidores recebiam o retorno nos primeiros meses, sendo incentivados a fazer novos investimentos. Mas, depois de um tempo, a empresa deixava de pagar os lucros.

As vítimas, ao solicitarem a devolução dos valores investidos, eram despistados pela empresária, ou simplesmente, não obtinham respostas.

Já o médico atuava como diretor administrativo e o ex-policial federal, como gestor de negócios da empresa. O segundo suspeito foi casado com a investigada.

Prisão, busca e apreensão

Com base nas investigações, a empresária teve o mandado de prisão cumprido no aeroporto de Sinop, quando desembarcava de uma viagem para o nordeste do Brasil.

Na casa dela foi apreendida uma caixa com várias folhas de cheques de altos valores e munições de armas que pertencem ao atual companheiro, que foi conduzido à delegacia e autuado, em flagrante, por posse ilegal de munições.

Além disso, foi apreendida uma caminhonete Ford Ranger e documentos para serem analisados.