Edições de 2023 do jornal Campus foram premiadas nas rodadas regionais e nacionais da Expocom Intercom

O jornal-laboratório da Universidade de Brasília (UnB) foi premiado como o melhor do país no 30º prêmio da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom) na Intercom. Além da categoria nacional, o Jornal Campus também foi vencedor em duas categorias no Centro-Oeste.

Um jornal-laboratório é uma fase do curso de jornalismo em que os alunos recriam a experiência vivida em uma redação de jornal. Criado em 1970, o Campus é o mais antigo em circulação no Brasil.

No ano passado, coordenados pela professora Fernanda Vasques, os alunos de jornalismo da UnB criaram duas edições. A primeira, do 1º semestre do ano, contou com 12 páginas e foi produzida por 11 estudantes.

Já a segunda edição, foi produzida por 19 estudantes e totalizou 24 paginas do jornal.

“Desde que ingressei como professora na FAC e no jornal Campus especificamente, implementei a distribuição de conteúdo pelo Instagram. Além disso, fizemos a áudio-descrição do jornal. Com toda essa experiência ao longo de 2023, nos inscrevemos no prêmio expocom. É um prêmio para estudantes de graduação, então, qualquer produto feito na graduação que se encaixa nas categorias, pode ser inscrito', explica a professora.

Os trabalhos renderam prêmios. Durante a categoria regional, o Campus venceu como o melhor jornal-laboratório do Centro-Oeste e como melhor design de imprensa — ambos com a edição do segundo semestre.

Etapa nacional

Os vencedores das etapas regionais vão para a etapa nacional do prêmio. Na categoria jornal-laboratório, competiu com trabalhos da Universidade Federal do Maranhão (Ufma); da Universidade Federal do Paraná (UFPR); da PUCMinas; e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

As duas edições de 2023 do jornal Campus foram premiadas em primeiro lugar. “É o mais importante prêmio de graduação do país de comunicação', avalia a professora.

Veja a capa premiada:

“Reconhece os esforços dos estudantes, o trabalho, a competência e a qualidade desse trabalho. Como professora da UnB e da FAC e estando à frente do jornal Campus me sinto agraciada. Os estudante trabalham colaborativamente, tem a divisão de funções, mas são estimulados à trabalharem colaborativamente entre si. Além disso, o jornal-laboratório é o mais antigo do país. Essa premiação coroa todas essas experiências e inovação', comemora Vasques.

Ela e as alunos representantes do jornal receberam o prêmio na última sexta-feira (6/9).(Samara Schwingel, do Metrópoles)

Inovações

À Folha de Dourados, Fernanda Vasques Ferreira, que nasceu em Dourados, explicou que “criamos em 2023 o Instagram para produzir, distribuir e circular conteúdos do jornal. O jornal não tinha, até então, nenhuma rede digital. Fizemos audiodescrição e uma das edições para pessoas cegas ou com baixa visão e disponibilizamos no Spotify, feita por estudantes, com voz e interpretação humanas. Incluimos a função de editor de serviços (a ideia de pautas que contemplem verdadeiramente e ajudem as audiências)”.

De acordo com a professora, a “redação é dividida em funções editoriais e privilegia a colaboração entre as diferentes funções. Da concepção do projeto editorial ao projeto gráfico, tudo é feito pelos estudantes com a minha orientação e supervisão”.

Primeira edição trouxe a desigualdade como capa (Sol Nascente e Lago Sul), segunda edição falou sobre Justiça branca que julga negros (e essa em específico foi premiada como melhor design de imprensa) na rodada regional, do Centro-Oeste.

Portanto, o Jornal Campus, recebeu dois prêmios regionais (jornal-laboratório + design de imprensa) e um prêmio nacional (as duas edições) como melhor jornal-laboratório do país concorrendo com jornais da UFPR, PUC MG, UNIFESSPA, UFMA.

As edições do jornal Campus estão disponíveis neste link.