De Rossi vê história inacabada no Boca Juniors: "Quero voltar para lá como treinador"

| TRIVELA/LEO ESCUDEIRO


A informação da semana passada de que Daniele De Rossi seria o novo técnico da Fiorentina já foi desmentida pelo clube italiano, mas o ex-jogador deseja, sim, se aventurar como treinador no futuro – e já tem um destino em mente: o Boca Juniors.

Em entrevista ao jornal argentino La Nación, De Rossi revela que sente que ficou devendo em sua passagem pelo clube, seu último antes da aposentadoria. O italiano sofreu com algumas lesões, fez apenas sete jogos e encerrou mais cedo do que o previsto a parceria, voltando para a Itália para ficar mais próximo de sua filha mais velha.

“Tenho em mente a ideia de voltar como treinador do Boca. Eu poderia ser o último na lista, mas minha ideia é essa. Se as coisas tivessem ido bem, eu já teria me encontrado com o Nico (Burdisso, ex-companheiro de De Rossi na Roma e dirigente que o levou para o Boca) e começado minha carreira como técnico no clube”, contou.

De Rossi afirmou que o Boca tentou mantê-lo por mais tempo, mas sua situação familiar pesou contra a permanência. E foi justamente em um de seus últimos instantes como jogador dos Xeneizes que o italiano pensou pela primeira vez em seu desejo de um dia retornar como técnico.

“No dia em que encerrei meu contrato, estava nos escritórios da Bombonera e de repente vi o troféu da Copa Libertadores em uma vitrine. Disse a mim mesmo: ‘Não deixei nada como jogador’. É por isso que quero voltar como treinador, porque este time está em meu coração. Já disse ao Paolo Goltz (zagueiro do Gimnasia y Esgrima e que esteve no Boca entre 2017 e 2019) que o quero como meu assistente.”

Como já falou em outras oportunidades desde a sua aposentadoria, em janeiro deste ano, De Rossi amou seu período na América do Sul. “Foi uma experiência incrível, mas curta. Curta demais em comparação com o que eu queria fazer. Mas foi muito intenso, muito forte.” Ele lembra que, quando decidiu se juntar ao clube argentino, após sua saída da Roma, clube que defendera por 17 anos como profissional, encontrou muita resistência de pessoas ao seu redor.

“Eu não estava acostumado nem com a mudança de clube, imagine de país. E, logo na primeira vez que faço isso, viajo para o outro lado do mundo, onde ninguém me conhecia. Na Itália, umas mil pessoas me disseram: ‘Onde você está indo? A Argentina é cheia de criminosos. Eles te matam lá por pegar um táxi à noite. É perigoso’. Mas eu escolhi ir para lá mesmo assim e me senti confortável e feliz lá. Porém, senti falta da minha filha mais velha, ela precisava de mim.”

Dos sete jogos que fez pelo Boca Juniors, cinco foram pela Superliga Argentina, um pela Copa Libertadores e outro pela Copa Argentina. Foi neste último torneio em que ele acabou marcando seu único gol com a camisa xeneize.



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