Produção de leite patina, a de carne é recorde e a de grãos recua | Brasilagro

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Após um ano de safra recorde, o Brasilproduzirá menos grãos em 2024. Já a produção de carnes atingiu um patamar recorde no terceiro trimestre deste ano, enquanto a captação de leite patina.

São informações apresentadas pelaConab(Companhia Nacional de Abastecimento) e pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (9).

O IBGE mostrou, ainda, que a capacidade dearmazenagem do país cresceue que os estoques de soja, de trigo e de café do final do primeiro semestre deste ano são superiores aos do mesmo período de 2022.

A produção de carnes atingiu, pela primeira vez, 7 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano. O volume supera em 5% o de igual período de 2022.

Os destaques ficam para as carnes bovina e suína, que tiveram volumes recordes no período, quando considerado o peso das carcaças.

Oabatede 8,85 milhões de cabeças de bovinos, também um número bem superior à média dos últimos anos, rendeu 2,4 milhões de toneladas de carne. O abate de 14,6 milhões de suínos gerou 1,37 milhão.

A produção de carne de frango subiu em relação à do ano passado, mas não acompanhou a média dos anos anteriores, segundo o IBGE. De julho a setembro, os abates somaram 1,58 bilhão de aves, com rendimento de 3,31 milhões de toneladas no peso das carcaças.

Com relação à safra de grãos do próximo ano, tanto IBGE como Conab estimam um volume menor do que em 2023. Os números das duas entidades divergem, uma vez que há discordâncias em produtos de grande importância no volume, como milho e soja.

A Conab, que registrou 321 milhões de toneladas neste ano, espera 317 milhões para o próximo. Os números do IBGE, que indicaram 317 milhões em 2023, apontam agora para 309 milhões para o próximo.

A Conab prevê uma safra de 162 milhões de toneladas de soja, enquanto os números do IBGE apontam para 150 milhões. Já a produção de milho deverá ser de 119 milhões de toneladas em 2024, estima a Conab. A previsão do IBGE é de 124 milhões.

Um dado positivo é que ambos indicam um avanço da produção de arroz para um volume próximo a 10,6 milhões de toneladas. O cereal vinha perdendo espaço em área de plantio e no volume produzido.

As estimativas de produção de grãos, porém, vão sofrer mudanças durante o desenrolar da safra. O comportamento do clima será fundamental, e este é um período de muita chuva no Sul e irregularidades nas demais regiões.

O IBGE divulgou também a captação de leite do terceiro trimestre. Há um pequeno ganho em relação a 2021 e a 2022, mas o volume é inferior à média de 2017 a 2020.

Neste ano, de julho a setembro, a produção brasileira de leite foi de 6,2 bilhões de litros. No mesmo período de 2020, havia sido de 6,4 bilhões.

Quanto à armazenagem de grãos, a capacidade útil disponível no Brasil subiu para 201 milhões de toneladas, 4,8% a mais do que no ano passado. O Rio Grande do Sul lidera em número de estabelecimentos, somando 2.214, mas Mato Grosso lidera em capacidade instalada, que é de 52 milhões de toneladas.

Os estoques de soja no final do primeiro semestre eram de 47 milhões de toneladas, 33% a mais do que em igual período do ano passado. O volume mostra como a comercialização foi mais lenta neste ano. Trigo e café também registraram alta de 44% e 10%, respectivamente.

Já o estoque de milho recuou para 17 milhões de toneladas, 11% a menos do que o de 2022. O de arroz, ao cair para 4,8 milhões, ficou 5% abaixo do de 2022, segundo o IBGE (Folha, 10/11/23)



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