Policial
'Não foi premeditado', diz defesa de suspeito de matar e esquartejar jogador de futebol em MS
Advogado de defesa de Danilo Alves Vieira, de 19 anos, alega que o crime não foi planejado. Hugo Vinicius Skulny Pedrosa foi morto e esquartejado aos 19 anos, em Sete Quedas.
| G1 / RAFAELA MOREIRA E MARESSA MENDONçA, G1 MS
A defesa de Danilo Alves Vieira, de 19 anos, suspeito de matar e esquartejar o jogador de futebol Hugo Vinicius Skulny Pedrosa, alegou que o crime não foi premeditado e a motivação passional. Danilo foi preso na última quarta-feira (16), em Iguatemi (MS), após quase dois meses foragido.
“Prefiro não adentrar nesse mérito do que foi e o que deixou de ser, mas eu posso adiantar uma situação. Em nenhuma hipótese existiu essa questão premeditada. Em nenhuma hipótese houve algum tipo de homicídio que pudesse ter um cunho passional ', disse o advogado Higo Ferré.
Danilo foi encontrado na cidade que fica a menos de 100 km de Sete Quedas, município onde o Hugo Pedrosa foi encontrado esquartejado. A ex-namorada do jogador está presa, também como suspeita de participação no crime.
O suspeito passou por audiência de custódia em que o juiz decidiu transferi-lo da delegacia para o Centro de Detenção Provisória de Iguatemi, que é a unidade da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen) na cidade.
De acordo com a Polícia Civil, Danilo ficou foragido por quase dois meses. Uma das suspeitas era de que ele teria fugido para o Paraguai, o que o advogado de defesa nega que tenha ocorrido. Ferré ressaltou que o suspeito sempre esteve em Iguatemi e tinha intenção de se entregar à polícia.
"A cidade de Sete Quedas é fronteiriça e Danilo em nenhum momento foi para o Paraguai, Danilo em nenhum momento tentou fugir da responsabilidade penal dele, dentro daquilo que de fato ele deva responder", disse a defesa ao g1.
Jogador esquartejado, ex presa e sumiço após festa
A ex-namorada de Hugo foi presa no dia 4 de julho pela Polícia Civil. De acordo com a investigação, o atleta foi morto na casa da ex, Rubia Joice de Oliver Luvisetto. Assista ao vídeo acima.
Segundo a Polícia Civil, Hugo ficou desaparecido por sete dias após ter ido a uma festa em Pindoty Porã, no Paraguai. "Ele já havia levado três tiros, utilizaram instrumentos para ocultação do corpo", disse a delegada que investigou o caso. As apurações ainda apontam que o corpo foi esquartejado em pequenos pedaços.
O atleta desapareceu na madrugada do dia 25 de junho. O sumiço do jovem foi registrado um dia após, pela mãe de Hugo, Eliana Skulny. Após sete dias de muitas buscas e mobilização até da cantora Ana Castela, para encontrar o jogador, partes do corpo de Hugo foi encontrado no dia 2 de julho, no rio Iguatemi, em Sete Quedas.
Os restos mortais foram achados durante uma operação de força-tarefa envolvendo as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).
O reconhecimento foi feito a partir de uma tatuagem que o Hugo tinha no braço, com o nome do pai, falecido há cerca de dois anos. As partes do corpo foram levadas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) e ainda não foram liberadas.
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