Uma cena rara foi flagrada por biólogos que pesquisavam as baleias-jubarte na Costa do Havaí.
Os pesquisadores queriam entender como as fêmeas lidavam com os filhotes e acabaram gravando a mais linda das imagens: uma jubarte amamentando o filhote.
O momento íntimo foi feito com câmeras especiais colocadas nos próprios filhotes, o que permitiu que os pesquisadores medissem a velocidade do nado e momentos únicos desses mamíferos subaquáticos.
“Podemos realmente ver o que esses animais estão vendo, encontrando e experimentando. São imagens raras e únicas, o que nos permite quantificar esses eventos de amamentação que são tão importantes”, disse Lars Bejder, diretor do Programa de Pesquisa em Mamíferos Marinhos dos EUA.
O programa é da Universidade do Havaí, em colaboração com o Goldbogen Lab da Universidade de Stanford e o Friedlander Lab da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, nos Estados Unidos.
Como
A equipe usou um drone no projeto e gravou um clipe.
As câmeras colocadas nos mamíferos foram recuperadas via acompanhamento por satélite.
As imagens foram captadas em fevereiro e publicadas agora em abril.
As imagens extraordinárias fornecem aos pesquisadores novas informações sobre o comportamento de repouso de baleias e filhotes.
Cerca de 120 baleias foram estudadas, no total.
Migração
As baleias-jubarte migram para Maui, no Havaí, durante os meses de inverno no hemisfério norte, ou seja, entre dezembro e abril.
A cada ano, mais de dez mil desses animais se deslocam para aproveitar as águas mais rasas e quentes da região.
As jubartes podem chegar a 14 a 16 metros de comprimento e pesar até 45 toneladas.
Elas são encontradas em todo o mundo e algumas populações viajam até oito mil quilômetros de ambientes tropicais, onde se reproduzem, a ambientes mais frios, onde se alimentam. É por isso que é tão difícil estimar o tamanho dessas populações.
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional americana (NOAA), de 14 populações conhecidas distintas, 12 possuem mais de dois mil animais cada, e duas tem menos do que isso.
Algumas podem ter até vinte mil animais, como as da Austrália. Essa é uma recuperação inacreditável após as mesmas populações quase serem erradicadas devido à caça, seis anos atrás.
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