A amamentação em livre demanda é uma abordagem que incentiva a mãe a alimentar seu bebê de acordo com os sinais de fome e as necessidades da criança. A prática é recomendada tanto pelo Ministério da Saúde quanto pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
Nesse método, a mãe oferece o peito sempre que o bebê demonstra sinais de fome, como chorar, buscar o seio ou movimentar as mãos e a boca. Não existem horários rígidos ou limite de tempo para cada mamada. O bebê é amamentado até ficar satisfeito e é ele quem decide quando deseja mamar novamente.
De acordo com a Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN), o aleitamento materno desempenha um papel crucial na prevenção da mortalidade de mães e bebês. Estima-se que, anualmente, o aleitamento materno possa prevenir a morte de 20 mil mulheres e 823 mil crianças.
A Caderneta de Saúde da Criança Curitibana destaca que o leite materno é comparado a uma vacina para os pequenos, oferecendo proteção contra alergias e infecções. Além disso, a amamentação auxilia no desenvolvimento do paladar e na regulação do apetite. No caso das mães, amamentar contribui para a redução do risco de câncer de mama e anemia, por exemplo.
Benefícios da amamentação em livre demanda
A prática da amamentação em livre demanda traz diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mãe, amamentar dessa forma estimula a produção de leite, uma vez que a sucção frequente da criança é o que estimula a mama a produzir mais alimento.
Oferecer leite materno na hora que o pequeno quiser também ajuda a prevenir problemas como mastite (inflamação da mama) e ingurgitamento mamário (mamas excessivamente cheias), segundo o Ministério da Saúde. Para isso, é importante que o aleitamento seja iniciado logo após o parto e com técnica correta, sem a necessidade de complementos alimentares, como água, outros leites ou chás.
Para o bebê, a amamentação em livre demanda traz benefícios essenciais para sua nutrição e desenvolvimento. O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável da criança. Além disso, quando o bebê é amamentado em livre demanda e fica satisfeito, ele se mantém calmo por mais tempo, o que contribui para um sono melhor.
Além dos benefícios físicos, dar de mamar no momento em que o pequeno sentir necessidade proporciona alívio emocional para o bebê. Conforme entidades especializadas em saúde, eles não mamam apenas por fome, mas também para buscar conforto quando estão doentes, angustiados ou com cólica.
Assim, o ato de amamentar e segurar o neném no colo proporciona uma sensação de apoio e proteção, acalmando-o e fortalecendo o vínculo afetivo entre mãe e filho. A mamadeira pode ser uma alternativa útil para mães que escolhem a amamentação em livre demanda, mas que não podem amamentar no peito, ou para aquelas que precisam se ausentar temporariamente.
A D'Or Mais Saúde recomenda o uso do acessório como uma opção para garantir a alimentação adequada do bebê, especialmente em situações em que a amamentação direta não é possível ou conveniente. Nesse sentido, o item pode ser uma saída segura e prática para suprir as necessidades nutricionais da criança, permitindo que os pais tenham maior flexibilidade e facilidade na hora de alimentá-la.
Cuidados durante a amamentação
De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, é aconselhado que o bebê seja amamentado até os dois anos de idade. Nos primeiros seis meses de vida, a alimentação deve ser exclusivamente composta pelo leite materno.
A Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente destaca ainda a importância de adotar certos cuidados durante a amamentação. É recomendado buscar um ambiente tranquilo, escolher uma posição confortável para a mãe e o bebê, concentrar-se na amamentação, apoiar a criança num travesseiro ou almofada e manter a sua cabeça voltada para o seio materno.
Além disso, é essencial manter o corpo e a cabeça do bebê alinhados e interromper ou reiniciar a amamentação colocando o dedo no canto da boca do pequeno.
É importante destacar que, embora a amamentação ofereça inúmeros benefícios, muitas mulheres enfrentam desafios nesse processo. Um aspecto fundamental para o sucesso do aleitamento é a correta pega do bebê durante a amamentação. Para isso, é necessário que o neném abocanhe a maior parte da aréola, com a boca bem aberta e os lábios virados para fora, simulando uma boca de “peixinho”. Essa técnica permite uma retirada adequada do leite do peito.
Uma pega incorreta pode resultar em dor, fissuras e rachaduras no mamilo, o que dificulta a amamentação, pois a criança não consegue sugar todo o leite necessário. Isso pode levar a mãe a acreditar erroneamente que o leite não é suficiente. Existem sinais que indicam uma pega inadequada, como bochechas do bebê encovadas durante a sucção, ruídos da língua e a aparência esticada ou deformada da mama durante a mamada.