Futebol
Saiba como é o novo contrato de TV da Bundesliga de 2021/22 a 2024/25 na Alemanha
| TRIVELA/FELIPE LOBO
A Bundesliga foi a primeira a voltar a jogar, no dia 16 de maio, e também foi a primeira a negociar um novo contrato de direitos de transmissão para a TV depois do início da pandemia do coronavírus. Nesta segunda-feira, a liga anunciou um novo contrato de TV, da temporada 2021/22 até 2024/25, no valor de € 4,4 bilhões. Isso significou uma queda de € 200 milhões em relação ao contrato anterior, mas foi considerado uma vitória diante de um cenário de queda.
A principal emissora da Bundesliga nos últimos anos, a Sky Alemanha, irá dividir a transmissão com o DAZN. A surpresa se deu porque um canal aberto também comprou os direitos, no pacote menor, a Sat.1. Na Bundesliga, são vendidos os direitos das duas primeiras divisões de forma conjunta, porque é administrada pela mesma entidade, a DFL (Liga de Futebol da Alemanha).
Os direitos que mostramos a seguir são exclusivos da Alemanha. Os internacionais, que incluem o Brasil, ainda não estão anunciados. Estamos em contato com as emissoras para informar como será a transmissão no Brasil nesse mesmo período.
A Sky segue sendo a principal transmissora da Bundesliga na Alemanha. O canal comprou os Pacotes A, B e C. O Pacote A dá direito aos jogos do sábado (15h30), terças e quartas (20h30), em um total de 166 jogos; o Pacote B tem também jogos aos sábados (15h30), terças e quartas (18h30, 20h30), e os jogos do rebaixamento da Bundesliga, totalizando 170 jogos; por fim, o Pacote C inclui os jogos do sábado (18h30) e Supercopa em um total de 33 jogos. Como alguns dos pacotes se sobrepõem, a Sky comprou, assim, a exclusividade ao comprar o mesmo horário em dois pacotes, totalizando 200 jogos transmitidos ao vivo pela emissora.
O Pacote D foi comprado pelo DAZN e inclui os jogos aos domingos (15h30, 17h30, 19h30), sexta-feira (20h30), em um total de 106 jogos.
O Pacote E é reservado à TV aberta e foi comprado pela Sat.1, que tem direito a jogos na 1ª, 17ª e 18ª rodada da Bundesliga, além da 1ª rodada da segunda divisão, rebaixamento e Supercopa, em um total de 9 jogos. Antes, quem transmitia esse pacote era a Eurosport, que pertence ao grupo Discovery, mas que desistiu de comprar os direitos desta vez.
O Pacote F é exclusivo de jogos da segunda divisão e inclui jogos às sextas, sábados, domingos e rebaixamento, em um total de 275 partidas.
O Pacote G é de TV aberta e foi comprado pela Sport 1, com todos os jogos da segunda divisão nos sábados às 20h30.
Além disso, foram vendidos também os direitos de transmissão por rádio para a rede ARD, além de pacotes de melhores momentos para a emissora de TV pública ZDF.
O executivo-chefe da DFL, Christian Seifert, gostou do resultado da licitação. “Nenhuma empresa terá todos os direitos de jogos ao vivo da Bundesliga. É uma situação incomum para todo mundo envolvido e eu acredito que conseguimos um resultado decente', afirmou o dirigente. “O resultado da licitação oferece aos clubes da Bundesliga e 2.Bundesliga, assim como os torcedores, a maior possibilidade de estabilidade em tempos incertos. Isto se aplica tanto em relação a preservar as receitas quanto em relação aos hábitos de assistir aos jogos'.
A queda de € 200 milhões, dentro de um cenário catastrófico quanto o que estamos vivendo lidando com a pandemia, foi considerado um sucesso pelos executivos da Bundesliga. O contrato anterior, que terminará na temporada 2020/21, tinha dado um salto para a Bundesliga, subindo as receitas em 85%. O atual cenário manteve uma grande valorização para a liga, o que é um sinal positivo para os clubes.
Os últimos cinco anos de desempenho são contabilizados, com peso diferente, valorizando do mais recente ao mais antigo, em uma proporção 5:4:3:2:1, ou seja, o ano mais recente vale cinco e o mais distante vale um. O primeiro colocado na Bundesliga recebe 5,8% do total (o primeiro da 2ª divisão recebe 1,69%) e o último colocado recebe 2,9% (na segunda divisão, o último recebe 0,75%).
Aqui é considerado o desempenho esportivo do clube nos últimos 20 anos. Diferente da parte 1, aqui todos os anos têm o mesmo peso, do primeiro ao último.
Aqui, são considerados quantos jogadores sub-23 formados em casa entraram em campo pelo clube. Ou seja: valem só os jogadores da base ou contratados e registrados em clubes da Bundesliga antes dos 18 anos. Quanto mais usou jogadores da base sub-23, mais o clube recebe.
Aqui, novamente são considerados os últimos cinco anos de disputa, na escola 5:4:3:2:1, como na Parte 1. Porém, a diferença é que aqui os clubes são colocados em grupos. O dinheiro é distribuído baseado em um ranking de 36 clubes com diferentes porcentagens por posição na tabela.
Os seis primeiros colocados recebem a mesma quantia. Isso significa que o octocampeão Bayern de Munique recebe o mesmo que o clube que ficar em segunda até sexto lugar na tabela. A ideia aqui é que todos os jogos valham, da primeira a última rodada, mesmo que o título ou mesmo classificações continentais e rebaixados já estejam definidos. Estar bem nesse ranking é uma forma de ganhar mais.
O dinheiro que vem do exterior é distribuído de maneira diferente:
– 25% é distribuído igualmente entre todos os 18 clubes da Bundesliga.
– 50% é distribuído baseado no ranking dos últimos cinco anos
– 25% será distribuída baseado em classificações para a Champions League e Liga Europa nos últimos 10 anos.
– Uma quantia fixa de € 5 milhões é distribuída aos clubes da segunda divisão e aumenta € 1 milhão por temporada ao longo do contrato.
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