AFórmula 1 lançou nesta segunda-feira uma força-tarefa sobre igualdade e diversidade para aumentar as oportunidades para grupos minoritários. Chamado de "We Race as One" ("Nós Corremos como Um" em português), o programa foi anunciado após o hexacampeão Lewis Hamilton, primeiro e único piloto negro na história da categoria,cobrar publicamente um posicionamento mais efetivo da categoria e de seus colegas de pista contra o racismo.

- Em nossa primeira corrida na Áustria, a Fórmula 1 se unirá para dizer alto e claro que o racismo deve acabar. Mostraremos nosso total apoio na luta contra a desigualdade durante o fim de semana e aceleraremos nossos próprios esforços para tornar a Fórmula 1 mais diversificada e inclusiva. Como Como um esporte global, devemos representar a diversidade e as preocupações sociais de nossos fãs, mas também precisamos ouvir mais e entender o que precisa ser feito e seguir em frente - disse Chase Carey, chefe da F1.

 
Além de combater o racismo, a Fórmula 1 também promete uma posição mais contundente contra a homofobia. Na abertura da temporada 2020, dia 5 de julho, na Áustria, os carros das dez equipes levarão adesivos com arco-íris numa forma de combater o preconceito.

A categoria informou que o arco-íris "foi escolhido porque se tornou um símbolo usado internacionalmente na recente crise para aproximar comunidades."

"A Fórmula 1 ouvirá pessoas do outro lado do paddock, incluindo os pilotos e também externos, e tirará conclusões sobre as ações necessárias para melhorar a diversidade e as oportunidades na Fórmula 1 em todos os níveis."

O programa também foi lançado para agradecer aos fãs pelo apoio durante a pandemia de coronavírus, que causou o cancelamento de cinco corridas (Austrália, Holanda, Mônaco, França e Japão) e um remanejamento do campeonato - até agora, apenas oito provas estão marcadas, e as demais serão anunciadas nos próximos dias.

- O "New Deal" que proponho para o esporte a motor no contexto da pandemia do COVID-19 significa estabelecer as bases para a recuperação e um futuro sustentável para a Fórmula 1 e outras disciplinas. Inclui novas regras para reduzir custos, bem como iniciativas para aumentar a popularidade e acessibilidade do esporte a motor. É importante ressaltar que também deve aproveitar a contribuição positiva que o esporte a motor traz para a sociedade, cobrindo todos os setores de saúde, segurança, economia, meio ambiente, educação, inclusão e diversidade. A FIA é guiada pelos Princípios Fundamentais de seus Estatutos, incluindo a luta contra qualquer forma de discriminação e principalmente por causa da cor da pele, sexo, religião, origem étnica ou social. Devemos promover a diversidade no esporte a motor - disse o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt.