Geral
Mitos e estereótipos do envelhecimento
Geriatra fala sobre adaptações, temperos importantes nesta fase e vida sexual na terceira idade
| ASSESSORIA
O envelhecimento faz parte da nossa vida, não tem como negar. É algo inerente ao nosso processo. De fato, envelhecer pode ser um desafio para a maioria das pessoas, mas existem muitos estereótipos e preconceitos sobre questões ligadas à velhice. Aliás, a expectativa de vida aumenta a cada ano, com isso a terceira idade está cada vez mais ativa e buscando hábitos saudáveis para melhorar a disposição física e mental, além do bem-estar geral.
Para desmistificar os diversos mitos, a Dra. Prisicila Takahashi, geriatra e cooperada da Unimed Campo Grande, fala sobre o assunto.
O que é ser idoso?
Conforme informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), idosos, em países subdesenvolvidos (como somos ainda classificados), acima de 60 anos já são considerados idosos. Já em países desenvolvidos, esse índice sobe mais, para 65 anos.
Ritmo acelerado
O envelhecimento, embora um tema sempre presente, atualmente está muito mais em pauta. Isso porque nossa população se deu conta de que envelheceu de uma forma muito acelerada e não teve tempo adequado para se preparar para isso. Estamos aprendendo a lidar com tudo e a ver o que tem de bom no envelhecimento. Envelhecer não é somente coisas ruins, é um processo natural.
Vivendo mais
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro está vivendo mais, fazendo com que a expectativa de vida nacional tenha passado de 76,8 para 77 anos em 2021. Isso ocorre no mundo e é um fenômeno que acontece desde 1970 por conta de mudanças demográficas, epidemiológicas, maior controle de natalidade, as crianças estão vivendo mais (antes a mortalidade infantil era muito alta), bom controle de doenças que acabavam matando muito cedo as pessoas, e controle de doenças crônicas, que antes não tinha e hoje conseguimos conviver muito bem com elas, pois conseguimos morrer com elas e não delas.
Desmistificar
É preciso desmistificar a associação que as pessoas têm com os termos “velho”, “idosos”, que costumam “vir” de um jeito pejorativo, inclusive. Tentamos desconstruir isso e mostrar que é algo normal. Não quer dizer que essa fase da vida está ligada a senilidade, de idoso frágil, incapacitado e doente. O “velhinho adoentado” faz parte do imaginário das pessoas. Hoje demora para que algo semelhante a isso aconteça, por isso precisamos nos preparar adequadamente.
Cuidados
Próximo à chegada da terceira idade (por volta dos 50 anos) é importante:
- Procurar um geriatra
- Incluir no dia a dia, antes mesmo dessa fase chegar, a atenção primária à saúde, com a medicina preventiva
Época da colheita
A fase da velhice é o momento em que se colhe tudo o que plantou daquele momento para trás, o bom e ruim. Por isso a importância de cuidar-se, pois o dia a dia refletirá no idoso que você vai se tornar.
Naturalizando o processo
O esquecimento é um dos principais medos dos pacientes e, inclusive, um dos principais motivos que leva o idoso à consulta geriátrica. Com isso, uma avaliação ampla é feita, onde é explicado que a memória é apenas uma das coisas que se alteram com o envelhecimento, pois nem tudo que se modifica com o envelhecimento é uma doença.
Com o envelhecimento muitas são as mudanças, como alterações cognitivas, físicas e sociais. As alterações não podem ser vistas como doença, mas apenas como mudanças e, com elas, podemos nos adaptar.
Vida sexual
A vida sexual faz parte da qualidade de vida da pessoa em todas as fases e é possível que seja satisfatória na terceira idade, quarta idade, mas de forma adaptada à sua nova realidade, entendendo que desempenho e intensidades mudam ao longo do tempo e não são necessariamente doenças. É possível se adaptar para conseguir manter uma vida sexual satisfatória, mesmo com o envelhecimento.
Curiosidade
Tempero essenciais na dieta da terceira idade
Alecrim - é uma erva aromática que combina com carnes assadas e legumes
Canela – muito utilizada em doces, como a canjica. Acrescenta um sabor especial quando adicionada a frutas assadas
Louro – é um tempero versátil que dá sabor a pratos como caldos e legumes
Manjericão – muito utilizado em preparações à base de tomate, como sopas, molhos e saladas
Recado da médica
Não vejam o envelhecimento como uma coisa ruim, é um processo natural, intrínseco do ser humano, além de uma fase muito boa de ser aproveitada. Estamos aprendendo como caminhar nesse processo de uma forma mais adequada, resignificando todas as mudanças. Busquem acompanhamento geriátrico para serem bem orientados.
Para saber mais sobre o assunto acompanhe “MITOS E ESTEREÓTIPOS DO ENVELHECIMENTO?” no podcast Cuidar de Você, da Unimed Campo Grande. Clique aqui e acesse o nosso podcast.
Meio século de história
Já são cinco décadas de uma história escrita pelas mãos de médicos cooperados, colaboradores, clientes e pessoas que acreditam na Unimed Campo Grande. Esses 50 anos de existência, lutas e conquistas serão celebrados no dia 12 de maio, data em que é reforçada a trajetória do nascimento de um novo conceito em saúde para nosso estado.
Inúmeros desafios foram enfrentados, mas diversas conquistas foram alcançadas para que hoje a cooperativa médica chegasse à posição de maior plano de saúde de Mato Grosso do Sul. Desde a sua criação, em 1973, os propósitos da Unimed CG continuam sendo a busca constante por cuidado, crescimento e inovação, a fim de proporcionar a melhor assistência à saúde aos seus beneficiários e ser um porto seguro aos médicos cooperados, para que exerçam sua profissão com autonomia e, assim, continuem dialogando de forma democrática os rumos da saúde. Isto é a base do nosso cooperativismo, focado fundamentalmente no ser humano.