Professora realiza seminário virtual sobre lutas dos Kaiowá e Guarani

| DOURADOSNEWS / DA REDAçãO


A professora Célia Foster Silvestre, da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), realiza, nesta quarta-feira, dia 29 de abril, o seminário virtual “Corpos, artesanias, saberes e lutas kaiowá e guarani: um oguatá”. O evento é vinculado ao Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra, e contará com a participação da Professora Carla de Ávila, da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).

As discussões ocorrerão a partir das 15 horas - em Portugal - (10 horas horário de MS), na plataforma Zoom e estará limitada a 100 participantes. Para participar, acesse: https://zoom.us/j/95637622484 - ID: 956 3762 2484

As comunicações têm o objetivo de apresentar trajetórias de trabalho, metodologias e vivências nas lutas dos Kaiowá e Guarani, a partir do ensino, da extensão e pesquisas de Célia Maria Foster Silvestre, docente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Brasil, em Estágio pós-doutoral no CES/UC, desenvolvendo pesquisa com o tema Colonialismo, direito e teko porã (bem viver): por uma epistemologia kaiowá e guarani e de Carla Cristina de Oliveira de Ávila, docente da Universidade Federal da Grande Dourados, recém-doutora pela USP (2018), com a tese Corpografias afro-orientadas e ameríndias: cartografias de processos de criação em dança teatro brasileira e UNICAMP (2020), com tese denominada Corpografias Originárias: processo de imersão poética intercultural. 

As atividades abertas dinamizadas em formato digital, como esta, não conferem declaração de participação uma vez que tal documento apenas será facultado em eventos que prevejam registo prévio e acesso controlado.

Apresentação do tema

Mato Grosso do Sul, Brasil, é território de conflitos fundiários históricos que envolvem e impactam o povo Guarani e Kaiowá. Essa realidade é internacionalmente conhecida e a face dela que se tem conhecimento é a violência e a fome. Ao mesmo tempo, os povos indígenas, em nível internacional, afirmam seus modos de vida, seus conhecimentos, valores, arte. Re-existem. A partir das Ciências Sociais, da Arte Educação e das Epistemologias do Sul, as pesquisadoras refletem a respeito dos impactos da colonização enquanto processo de longa duração, vinculado ao patriarcalismo e ao capitalismo, das lutas por direitos e das corpografias que se enunciam nos entrelugares vividos pelos Kaiowá e Guarani na contemporaneidade.

Essas temáticas emergiram no oguata – caminhada – em presença dos Kaiowá e Guarani na universidade. São elementos surgidos em uma ecologia de saberes, por característica multidimensional, que se aproximou das muitas experiências de luta desses coletivos, refletindo em vários ára (tempo/espaço) de con-vivências, atravessados das lutas do ara pyahu – tempos atuais – e alimentados do ymaguare – tempo passado. Esse oguatá acolhe e re-colhe as distintas historicidades e corpografias de viver e re-existir numa história atravessada pelo colonialismo. Nessa acolhida, aprende e ensina. No processo de acolher e ensinar pela palavra, corpo e arte, forma novos olhares, re-dimensionando perspectivas e re-existências.

Saiba mais em: https://www.ces.uc.pt/pt/agenda-noticias/agenda-de-eventos/2020/corpos-artesanias-saberes-e-lutas-kaiowa-e-guarani-um-oguata



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