Campo Grande
Consultores e pesquisadores do Senai palestram em Seminário MS Carbono Neutro
O presidente da Abemec-MS, Marco Aurélio Candia Braga, destacou o caráter social das energias renováveis.
| ASSESSORIA/FIEMS
A produção de energia renovável foi o debate principal do Seminário MS Carbono Neutro, realizado nesta segunda-feira (17/10), no Bioparque do Pantanal, em Campo Grande. Consultores e pesquisadores do Senai participaram como palestrantes no evento promovido pelo Sistema Fiems em parceria com a Associação Brasileira de Engenheiros Mecânicos, secção de Mato Grosso do Sul (Abemec-MS).
Durante a abertura, o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, destacou a importância dada pelo presidente do Sistema Fiems, Sérgio Longen, às práticas para chegar ao carbono neutro.
“O Senai fala de energia renovável há cinco ou seis anos de maneira muito eficaz e muito forte. Falávamos mais de energia fotovoltaica, depois começamos a falar de eólica, depois hidráulica, depois de biomassa e hoje acho que podemos ajudar em cada conceito através dos nossos consultores e pesquisadores”, explicou.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura, Jaime Verruck, demonstrou a conjuntura internacional e nacional para a adoção de práticas para a produção de energia renovável, além da estrutura de políticas públicas disponível para o setor em Mato Grosso do Sul.
“Estamos tentando mostrar que o Brasil tem uma série de biomas que podem melhorar o desempenho do Brasil na questão do carbono, um deles é o Pantanal. Queremos mostrar que o Brasil não é o problema, mas sim a solução. Nós temos um grande potencial para ajudar vários países”, analisou Verruck.
O presidente da Abemec-MS, Marco Aurélio Candia Braga, destacou o caráter social das energias renováveis. “São nossos filhos e nossos netos que vão usufruir disso. Nós não estamos fazendo um evento para hoje, mas para o futuro”, afirmou.
Potencial energético renovável de MS
No painel "Panorama Energético do MS", o consultor em comercialização de energia do IST (Instituto Senai de Tecnologia) em Eficiência Operacional - Senai Empresa, Sebastião Dussel, apresentou o potencial do Estado nas diversas frentes energéticas: hidrelétrica, solar, eólica e de biomassa. “Hoje, no Brasil, temos 83% da nossa matriz de energias renováveis. Em MS, estamos nessa média. São 82,7%”, explicou.
Também consultor do IST, o engenheiro Lucas Oberger falou sobre os “Modelos de Negócios de Energia Fotovoltaica”. Na palestra, ele apresentou opções para comercializar ou locar ativos de energia solar. “Não necessariamente você precisa ter esse ativo, mas pode usufruir através do aluguel. Na maioria das vezes, é mais fácil você contratar uma empresa para gerir essa usina”, explicou.
Pesquisadores do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), de Três Lagoas, também participaram do evento. A pesquisadora industrial Desiree Soares da Silva apresentou o painel “Produção de Energia a partir da biomassa: oportunidades e desafios”.
Segundo ela, apenas 14% da matriz energética mundial vem de fontes renováveis, o que deixa o Brasil muito à frente em termos de possibilidades. “A bioenergia pode ser definida como a energia do futuro, justamente por ser sustentável e muito menos nociva ao meio ambiente. A expectativa é de que até 2050, a bioenergia corresponderá a 50% de toda energia utilizada no mundo”, afirmou.
Já o pesquisador Bruno Alarcon Fernandes, também do ISI Biomassa, apresentou as possibilidades de produzir energia a partir do hidrogênio. “Hidrogênio é um dos princípios substitutos dos combustíveis fósseis da indústria e um dos promissores na busca de zerar emissões de CO2 até 2050”, explicou.
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