Intolerância à lactose: como identificar e tratar

Mudança na dieta é o principal fator para amenizar os sintomas

| ASSESSORIA


A Lactose é um tipo de açúcar presente no leite e em seus derivados. Para que possa ser absorvida e digerida, ela sofre ação da enzima lactase, se dividindo em galactose e glicose.

Essa ação acontece no intestino, ou deveria acontecer. Isso porque, há situações em que o processo de produção dessa enzima não ocorre em quantidade suficiente. É aí que surge o problema, pois o açúcar não é absorvido de forma correta e pode provocar o mal-estar. Nessa hora entra em cena a tão conhecida intolerância à lactose.

Isadora Elias Pereira, médica gastroenterologista e professora do curso de Medicina da Uniderp comenta que, embora muitas pessoas não tenham conhecimento, intolerância e alergia à lactose são problemas distintos. A especialista explica que a alergia é uma reação anormal do sistema imunológico à proteína do leite. “A proteína é um nutriente específico essencial para o organismo e, quando o organismo se torna sensível a ela, por uma reação “exagerada” do sistema imunológico, as células de defesa se manifestam provocando reações como inchaço nos lábios, coceira, manchas vermelhas na pele, tosse e falta de ar. No caso da intolerância à lactose não há esses sintomas”, alerta.

“A intolerância pode ser classificada de três forma: congênita, quando a criança já nasce com a deficiência; primária, quando ocorre de forma gradativa com o passar da idade; ou secundária, quando decorre devido à presença de outra doença intestinal”, destaca.

Como diagnosticá-la

De forma geral, a intolerância pode ser diagnosticada por meio de um exame de sangue ou de um teste respiratório. Na primeira opção, é feita a ingestão de uma quantidade pré-determinada de lactose e, em seguida são colhidas amostras de sangue para realizar a medida de glicose encontrada antes e depois da introdução da lactose. Na segunda, o teste de hidrogênio expirado, o paciente também ingere a lactose, e caso o paciente não consiga absorvê-la de maneira adequada no intestino, ocorre aumento da produção de hidrogênio, que é eliminado pelos pulmões e quantificado através de um aparelho que o paciente assopra.

 

Tratamento

É possível ter uma vida normal sendo intolerante à lactose, mas a médica alerta que é imprescindível seguir o tratamento indicado pelo especialista que acompanha o paciente. “Não há cura para a intolerância à lactose (exceto a de origem secundária), mas há maneiras de reduzir substancialmente os sintomas que causam desconforto e a mudança na dieta é a principal delas, eliminando o leite e produtos derivados ou consumindo produtos sem lactose. Recorrer à lactase sintética, comercializada em forma de pílulas ou comprimidos é uma segunda opção. Ela é ingerida antes das refeições que contenham leite e derivados para reduzir o desconforto e deve ser recomendada pelo médico”, completa.

De forma gradativa pode ser avaliada pelo profissional da saúde a possibilidade de reintroduzir tais alimentos no cardápio, em quantidades variáveis, principalmente utilizando os recursos da enzima lactase sintética e consumo de leite e derivados isentos de lactose, não só para manter a dosagem de cálcio, como a de nutrientes que, junto à vitamina D, contribuem para a formação de massa óssea de forma saudável.

 

Sobre a UNIDERP

Fundada em 1974, a Uniderp já transformou a vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, mestrado, doutorado e extensão, presenciais ou a distância. Presente no estado do Mato Grosso do Sul, a Uniderp presta inúmeros serviços gratuitos à população por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas e das Clínicas-Escola na área de Saúde, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Uniderp oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação de compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Em 2014, a Uniderp passou a integrar a Kroton.

 

Sobre a KrotonMed

A KrotonMed é a unidade de negócio da Kroton voltada para a Medicina. Criada em 2021, a KrotonMed possui mais de 3 mil alunos matriculados no curso de Medicina em 6 instituições de ensino superior: Unic, no Mato Grosso; Uniderp, no Mato Grosso do Sul; Unime Lauro de Freitas e Pitágoras Eunápolis, na Bahia; e Pitágoras Codó e Bacabal, no Maranhão. A KrotonMed possui mais de 7 mil alunos em cursos de Saúde Presencial, mais de 18 mil alunos em outros cursos presenciais de alto valor agregado. Os cursos recebem investimentos constantes para aprimoramento da infraestrutura, que inclui laboratórios e ferramentas que utilizam as mais avançadas tecnologias voltadas ao ensino da Medicina. As instituições possuem parceria com clínicas e hospitais que atendem a população, possibilitando ao aluno acesso a um alto nível de educação que reúne teoria e prática e uma preparação eficiente para sua inserção no mercado de trabalho.

 



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