HU-UFGD realiza cirurgia de hérnia inguinal utilizando videolaparoscopia

O método é minimamente invasivo e a cirurgia foi realizada com equipamentos que já eram utilizados em outras especialidades no próprio hospital

| ASSESSORIA


A correção da hérnia inguinal é uma das cirurgias eletivas mais realizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e também no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), com uma média de 20 cirurgias por mês, numa proporção de quatro homens operados para cada mulher operada. 

Na última semana, a unidade de Clínica Cirúrgica do HU-UFGD inovou a metodologia utilizada e realizou uma correção laparoscópica em um paciente com hérnia inguinal bilateral. O paciente, uma mulher de 38 anos de idade, recebeu alta no dia seguinte à cirurgia, sem registro de qualquer intercorrência. 

“As abordagens cirúrgicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia, são cada vez mais populares porque oferecem o potencial de menos dor pós-operatória e um rápido retorno do paciente às atividades normais”, explica o cirurgião Paulo Alves Bezerra Morais, responsável pela cirurgia realizada com vídeo. 

Ensino 

A depender da atividade profissional do paciente, a cirurgia convencional para tratamento de hérnia inguinal, pela técnica que envolve um corte na virilha, pode exigir afastamento por mais de 40 dias, visando uma adequada recuperação pós-operatória. Já a cirurgia laparoscópica permite um retorno muito mais rápido às atividades laborais. 

“Além disso, a cirurgia laparoscópica de hérnia inguinal e femoral faz parte das expertises necessárias para curva de aprendizado do programa de Residência em Cirurgia Geral do HU-UFGD”, esclarece o médico Paulo Morais. 

Na região de Dourados, somente o HU-UFGD realiza cirurgia de correção de hérnia e retirada da vesícula minimamente invasiva pelo SUS. 

Otimização 

A realização dessa cirurgia por laparoscopia para a correção de hérnia inguinal representa uma inovação e se caracteriza como boa prática também com relação à otimização de recursos. Isso porque não foi necessária nenhuma aquisição de material especial, pois todo o instrumental assemelha-se ao que é utilizado para a colecistectomia (cirurgia de vesícula) laparoscópica, que já é rotineiramente realizada no HU-UFGD. 

Ebserh 

Desde setembro de 2013, o HU-UFGD é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Ligada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. 

Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. 

Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades. 



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