Geral
Live do TJMS discute agenda 2030 no Dia do Meio Ambiente
| TJMS
Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, o Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul promoveu uma live no Instagram comandada pelo Des. Alexandre Bastos, gestor do Gabinete sem Papel do TJMS, com a coordenadora de Gestão Socioambiental do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, Adriana Tostes, para tratar dos desafios da gestão sustentável com a agenda 2030 no Judiciário nacional.
O magistrado escolheu a Semana do Meio Ambiente para discutir e promover algumas reflexões sobre os desafios enfrentados para tornar possível uma gestão sustentável. Defensor ativo do respeito ao meio ambiente, desde janeiro de 2018, o desembargador instituiu em seu gabinete práticas para reduzir ao máximo o uso de papel e disponibilizou um número de aplicativo de conversa (Whatsapp) para comunicação com os advogados.
Segundo a coordenadora Adriana Tostes, o plano de logística sustentável, o qual está em funcionamento há 4 anos no TJDFT, auxilia bastante os órgãos públicos, até mesmo porque no período atual os recursos são escassos, com a necessidade de economizar água, energia, papel e outros insumos.
E a temática do plano, explica ela, 'foi articulada pelo Conselho Nacional de Justiça e é voltada para a gestão razoável do gasto público. Então, em 2015, o CNJ adotou este modelo que traz orientação de como os tribunais podem gerenciar melhor seus gastos públicos, onde há, inclusive, metas anuais que deverão ser cumpridas por eles, inclusive com a disponibilização na página do CNJ de um ranking, que pode ser visualizado por qualquer cidadão, onde aparece esta 'disputa' de qual tribunal é mais eficiente'.
A própria sustentabilidade, continua ela, 'tem esta premissa de orientar o consumo adequado à real necessidade e, quanto mais na área pública, quando estamos tratando de orçamento público. Lembrando que neste momento o Poder Judiciário como um todo foi muito ágil em migrar para o formato online e com resultados muito positivos, até mesmo com aumento do produtividade'.
Complementando a fala, o Des. Alexandre Bastos refletiu que 'estamos vivendo um momento onde fomos empurrados para o teletrabalho e, como toda a crise, sempre há oportunidades', destacando as possibilidades de realocação de gastos e gerenciamentos dos insumos pós-pandemia. O magistrado citou o exemplo do gasto com combustível o qual 'chamou a atenção a redução, sendo que, quando do retorno das atividades, provavelmente o prosseguimento de tantos deslocamentos será revisto'. E tem a questão da redução do gás carbônico, complementou Adriana.
O desembargador citou outras medidas que estão já em fase de implantação no Judiciário sul-mato-grossense: 'Estamos em vias de substituir os copos descartáveis pelo biocopo e o controle ou o desestímulo às impressões já está sendo feitas, inclusive há uma portaria em vigor regrando as impressões. São medidas para conscientizar, sendo que os impactos poderão ser percebidos na próxima contratação com a empresa terceirizada responsável pelas impressões, pois, se hoje ainda pagamos um valor fixo pelo serviço, com base nas constatações das reduções do número de cópias, o próximo contrato pode levar em consideração o número de cópias'.
A convidada lembrou ainda que não é todo mundo que tem o 'Pantanal no sangue', e que é preciso se reinventar e e se adequar com relação ao consumo e aos investimentos, sendo que o retorno precisará necessariamente ser diferente até por conta do atual momento. 'São oportunidades que a crise está trazendo, sendo que não é todo mundo que se adapta ao teletrabalho, modelo em que dividimos as tarefas domésticas, cuidar dos filhos que não estão nas escolas, não é o modelo ideal de teletrabalho, estamos mais fazendo é um homeoffice mesmo', destaca.
Outro ponto de reflexão para mudança foi o recurso gasto com os Correios. 'É o tipo de gasto que mais nos coloca no século passado', ressaltou o desembargador.
A conversa se estendeu por cerca de 50 minutos, lembrando que a questão de sustentabilidade vai muito além do que apenas o meio ambiente.
Em seus agradecimentos, a convidada Adriana Tostes registrou que 'o principal eixo do meio ambiente é o ser humano, e o Judiciário fomentar essa troca de experiência entre os tribunais é de vital importância. Apesar da tristeza da Covid-19, traz um aspecto muito interessante: quando o homem se recolheu em sua casa, os animais voltaram às ruas, os golfinhos voltaram para os canais de Veneza, os peixes voltaram a ser vistos na Praia do Flamengo, no Rio, e por aí afora tantos outros exemplos já foram noticiados. Então, isto nos mostra que o meio ambiente está no comando, então precisamos sair desta pandemia respeitando e introduzindo ele em nossas atividades'.
Agenda 2030 – A Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas, é um plano de ação para pessoas e o planeta, em que se reconhece que a erradicação da pobreza é o maior desafio global e requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável.
Todos os países e todas as partes interessadas, atuando em parceria colaborativa, estão implementando o plano, com medidas ousadas e transformadoras urgentemente necessárias para direcionar o mundo a um caminho sustentável e resiliente.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas da Agenda buscam concretizar os direitos humanos de todos e alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas. Eles são integrados, indivisíveis e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental.
Os objetivos e metas estimularão a ação para os próximos 15 anos em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta.
LEIA MAIS

Uniderp oferece atendimento jurídico gratuito à população de CampoGrande e região
Há 3 horas

MS: homem é assassinado com dois tiros nas costas e cabeça em frente a bar; assista
Há 4 horas