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Nações Unidas condenam ataques que mataram dezenas de pessoas em Mianmar BR
Enviada especial para o país está muito preocupada com a escalada da violência, que já desabrigou milhares de famílias; somente na sexta-feira, um ataque matou 35 civis, incluindo uma criança.
| ONU NEWS
A enviada especial do secretário-geral da ONU para Mianmar está profundamente preocupada com a continuação da escalada da violência no estado de Kayin e em outras regiões do país do sudeste asiático.
Num comunicado, Noeleen Heyzer menciona o deslocamento de centenas de milhares de civis, incluindo mulheres e crianças. Muitos estão buscando refúgio nas fronteiras, enquanto outros seguem desalojados no próprio território.
Apelo por cessar-fogo
Mianmar foi alvo de um golpe de Estado pela junta militar, em fevereiro, que colocou integrantes do governo democraticamente eleito na prisão incluindo a vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi.
Segundo Heyzer, a população de Mianmar “já sofreu de forma tremenda e as situações socioeconômica e humanitária se agravam com a pandemia de Covid-19”.
Ela pede a todos que “estão causando sofrimento ao próprio povo para que baixem suas armas e protejam a população num momento de grandes necessidades”. A enviada especial lembra que “o futuro das crianças de Mianmar depende disso”.
Ela também apela por um cessar-fogo de Ano Novo em todo o país. Na sexta-feira, véspera de Natal, 35 pessoas foram mortas num ataque, incluindo uma criança. Segundo relatos, os civis foram forçados a sair de seus carros, assassinados e queimados.
Pedido de investigação
Dois funcionários da ONG Save the Children continuam desaparecidos, sendo que seus veículos privados teriam sido alvo do ataque e incendiados. No domingo, o chefe de Assuntos Humanitários da ONU declarou ter ficado “horrorizado” com a violência em Mianmar.
Martin Griffiths condenou “o doloroso incidente e todos os ataques a civis no país”, lembrando que essas ações são “proibidas sob a lei humanitária internacional”.
Ele fez um apelo ao governo de Mianmar, para iniciar, imediatamente, uma “investigação completa e transparente e assim, levar os responsáveis à justiça”.
Griffiths também pediu ao Exército birmanês e a todos os grupos armados para tomarem as medidas necessárias para proteger os civis de qualquer perigo.
O subsecretário-geral da ONU lembrou que milhões de pessoas em Mianmar precisam muito de ajuda humanitária e garantiu que a organização e parceiros continuam comprometidos em fornecer ajuda ao país.
As Nações Unidas continuam monitorando a ação em Mianmar.
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