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Confira 05 raças de cães ideais para pastoreio e guarda
| AGRONEWS
Os cachorros servem tanto como cuidadores do pastoreio de rebanhos quanto de guardiões das fazendas. Thorbes Moreira , treinador de cães de pastoreio desde 2005 e proprietário do Canil Sol do Sul, em Porto Alegre (RS), fala um pouco sobre o comportamento de raças que já nasceram com aptidão para o trabalho no campo.
A raça foi desenvolvida especificamente para o trabalho de pastoreio e sem preocupação com a estética. O Border Collie surgiu nas regiões da Inglaterra e Escócia pois era necessário um cão que subisse as montanhas, onde os cavalos não conseguiam chegar, para trazer o rebanho de ovelhas de volta. Os primeiros exemplares chegaram ao Brasil há cerca de 15 anos atrás e, desde então, ajudam fazendeiros no pastoreio tanto de gado quanto de ovelhas.
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De fácil aprendizado e grande capacidade de obedecer comandos de voz, o Border já foi considerado o cachorro mais inteligente do mundo. A grande diferença em relação às outras raças de pastoreio é que o Collie consegue trabalhar longe do dono e buscar o rebanho sozinho, enquanto outros cachorros precisam ficar ao lado de um condutor.
O cão pode ficar até a 500 metros de distância do dono. Na hora de conduzir o rebanho de um ponto para outro, o Border Collie fica atrás dos animais “empurrando' e o condutor vai na frente. Apenas uma pessoa e um cachorro conseguem trabalhar com até 300 ovelhas ou de 50 a 100 cabeças de gado.
Com treinamento adequado, o Border Collie trabalha controlando as ovelhas através do olhar, como se estivesse fitando uma presa para atacar, com o rabo abaixado e quase se rastejando. A raça não costuma latir, mas consegue se adaptar ao trabalho com animais diferentes sendo mais agressivo no controle do gado, quando necessário, e mais técnico ao lidar com ovelhas.
O nome da raça já faz referência à sua origem na região do pampa no Rio Grande do Sul, onde os cães eram destinados a cuidar do pastoreio de ovinos. Com o passar dos anos, o ovelheiro-gaúcho passou a ser usado no monitoramento de diferentes rebanhos e pode ser encontrado em várias partes do país.
Ainda muito comum no interior gaúcho, o ovelheiro trabalha solto no campo e tem boa capacidade de aprendizado, com facilidade para entender novos comandos sem precisar ser treinado. Resistente e rústico, a raça possui características importantes para viver em ambientes hostis.
O cachorro possui algumas características parecidas com o Border Collie por ser uma mistura entre as raças Collie e Pastor Alemão. No entanto, o ovelheiro trabalha ao lado do condutor ajudando a buscar e levar o rebanho para um determinado ponto. O cão late para mandar avisos ao dono e abana o rabo durante o pastoreio. Normalmente, são necessário de 4 a 5 exemplares da raça para realizar o pastoreio.
O ovelheiro possui porte grande e pelos médios com cores variadas – não há cão com somente uma cor. A raça também pode ser usada como guarda de propriedades.
A raça vinda da Austrália é usada desde sua origem para o pastoreio de gado. O cão também é conhecido como Australian Cattle Dog, Blue Heeler para exemplares com pelo azul e Red Heeler, para cachorros com pelo avermelhado.
O boiadeiro é um cachorro baixo, pequeno e retacado de pelo curto.
As características de trabalho são semelhantes ao ovelheiro-gaúcho, já que o Heeler “empurra' o gado ao lado do condutor. Ele também costuma latir para o rebanho e chamar a atenção do dono quando necessário, avisando a localização dos animais.
Esse cão é natural da Austrália, o Kelpie é um cachorro de aparência semelhante ao Doberman: esguio, com pelo preto e curto e orelhas levantadas.
Apesar da aptidão para o trabalho, existem poucos exemplares da raça e criadores especializados no Brasil.
O Kelpie tem a mesma característica de trabalho do Border Collie, capaz de buscar e reunir o rebanho.
O Pastor Maremano Abruzês é um cachorro originário da Itália que é criado desde filhote junto com o rebanho de ovelhas para protegê-lo de ataques de predadores. A raça é geralmente usada em fazendas onde os ovinos ficam longe da sede. Pela cor branca, o cão acaba se misturando com as ovelhas e nunca ataca o próprio rebanho.
A importância desta raça de cães junto ao rebanho é para evitar o ataque de outros predadores e por isso a presença do cão em locais mais afastados da fazenda é indispensável. O seu instinto não é de atacar, mas ao latir para proteger as ovelhas faz com que o predador se afugente. Seu latido é forte que afasta até mesmo as onças.
A raça está sendo muito difundida no meio de ovinocultura porque ajuda a reduzir a perda de animais para ataques de predadores. Além de guardião dos rebanhos, o Maremano pode ser usado como guarda para a propriedade, já que é capaz de fazer rondas caminhando longas distâncias durante a noite.
Fonte: Globo Rural
AGRONEWS BRASIL – Informação para quem produz
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