Dólar vai a R$ 5,67 com PEC e temor por nova variante da Covid; Bolsa cai aos 100 mil pontos

| JOVEM PAN / JOVEM PAN


Dólar acelera com tensão global em meio a falta de certezas sobre a variante Ômicron da Covid-19

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam no campo negativo nesta quarta-feira, 1º, com a volta da preocupação global com a variante Ômicron da Covid-19 e as tratativas para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Senado. Os investidores ainda repercutiram a declaração na véspera de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, sobre a aceleração da retirada de estímulos em meio a uma inflação persistente. Após passar parte da sessão em queda, o dólar inverteu o sinal por volta das 14h30 e fechou com avanço de 0,63%, a R$ 5,671, na maior cotação desde 13 de abril, quando foi a R$ 5,717. O câmbio alcançou a máxima de R$ 5,674, enquanto a mínima não passou de R$ 5,579. A divisa norte-americana encerrou a véspera com alta de 0,46%, aos R$ 5,636. Acompanhando o pessimismo em Wall Street, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com queda de 1,12%, aos 100.774 pontos, renovando pelo segundo dia consecutivo a mínima desde o início de novembro de 2020.

Os mercados voltaram a expressar o temor pela volta de medidas de restrição com o avanço da variante Ômicron da Covid-19 pelo mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta tarde que o número de casos na África do Sul, o primeiro país a detectar a nova variante, aumentou, mas não confirmou se a alta tem relação com a mutação do novo coronavírus. Mais cedo, autoridades sanitárias dos Estados Unidos afirmaram que o primeiro caso da nova variante foi detectada no país. Ainda na pauta internacional, os mercados continuaram repercutindo as declarações de Powell sobre a aceleração do corte na compra de títulos públicos. O chefe da autoridade monetária norte-americana mudou o discurso nesta terça-feira ao afirmar que a alta da inflação não é mais um fenômeno transitório, elevando as expectativas para a alta dos juros na maior economia do globo.

Já no noticiário local, as atenções estão voltadas à Brasília e nas negociações para a aprovação da PEC dos Precatórios pelo Senado. O texto passou nesta terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com 16 votos favoráveis e 10 contrários. A medida, que propõe abrir R$ 106,1 bilhões no Orçamento de 2022, deve ser votada em plenário nesta quinta-feira, 2. O presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) chegou a colocar a matéria em pauta nesta quarta-feira, mas a votação foi transferida em meio à sabatina de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro da Justiça foi aprovado pelo colegiado e a indicação segue para análise do plenário. 



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