Economia
Agropecuária é o único setor com saldo positivo de empregos no ano
| BRASILAGRO
Apesar da pandemia provocada pela Covid-19, a região Sudeste abriu 1.773 vagas de trabalho nos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura no mês passado.
Os dados são do novo Caged, que registra, no entanto, que o setor fechou 4.999 vagas em todo o país no mês passado, contratando 52,3 mil trabalhadores e desligando outros 57,3 mil.
É o segundo mês que a agropecuária contrata menos do que demite. Já em janeiro e em fevereiro, as contratações superaram as demissões.
Entre os estados que mais abriram vagas na agropecuária em abril estão São Paulo e Minas Gerais, ambos com 700 vagas, seguidos por Goias, com 690. Mato Grosso, o principal estado agropecuário do Brasil, fechou 1.715 postos de trabalho.
Esses números são resultados da diferença entre admissões e desligamentos de trabalhadores em abril.
São Paulo e Minas Gerais estão em período de safras de cana-de-açúcar, de café e de laranjas, setores que empregam muita mão de obra. Goiás também iniciou a safra de cana.
Além disso, é o final da safra de verão de grãos e aumento de atividades devido à de inverno.
Já o Rio Grande do Sul, estado que viveu um período de forte seca neste ano, fechou 2.127 vagas em abril. É o estado que mais reduziu postos de trabalhos no país, ajudando a elevar o total da região Sul para 3.222 vagas perdidas.
A agropecuária foi o único setor que teve um saldo positivo entre admissões e desligamentos no acumulado do ano. Segundo o Caged, o setor abriu 10.032 novas vagas, enquanto todos os demais (construção, indústria, serviços e comércio) reduziram postos de trabalho de janeiro a abril.
O setor agrícola somou 6% de todas as admissões feitas no Brasil no primeiro quadrimestre. A participação nos desligamentos totais, que somaram 5,73 milhões no país, foi de 4,6%.
O salário médio de admissão de abril ficou foi de R$ 1.542 na agropecuária, que ampliou o número de trabalhadores com trabalho intermitente e reduziu os de regime de tempo parcial.
O maior número de desligamentos ocorreu com acordos entre empregados e empregadores, segundo o Caged (Folha de S.Paulo, 28/5/20)
SEGUNDA CHAMADA- EDITORIA MILHO
Milho: Agroconsult vê atraso na colheita da 2ª safra; produtividade menor MÁQUINA COLHENDO MILHO
A colheita de milho segunda safra 2019/20 do Brasil, que acaba de começar, estará disponível para o mercado mais tardiamente na comparação com o ciclo anterior, com um atraso dos trabalhos nos campos, apontou nesta quarta-feira a Agroconsult.
Segundo a consultoria, o Brasil terá colhido 22% da área até junho, 13 pontos percentuais abaixo da média de 35% alcançada em igual período da temporada anterior.
Em maio, os trabalhos de colheita encontram-se em fase inicial e devem chegar a 1% da área plantada, também com atraso, visto que no mesmo mês do ano passado a média era de 3%.
Em evento online do Rally da Safra, promovido pela consultoria, o coordenador do Rally, André Debastiani, afirmou que o atraso se deve ao plantio mais tardio, com muitas áreas semeadas fora da janela ideal, o que resulta em queda na produtividade.
A segunda safra de milho 2019/20 no Brasil está estimada em 71,7 milhões de toneladas pela consultoria Agroconsult, que rebaixou na véspera a projeção ante os 72,2 milhões vistos mais cedo no mês.
A produtividade média para a safrinha de 2019/20 está estimada em 90,1 sacas por hectare, 10,8% menor ante a média de 101 sacas por hectare obtida na temporada passada.
Debastiani disse que a queda não se deve somente ao clima pouco favorável nas regiões afetadas pela seca, como o Paraná, onde a produtividade estimada é 22% inferior, chegando a 78 sacas por hectare.
“Também temos uma redução em cima de uma base (comparativa) grande... Estamos comparando esta temporada com a safra passada que foi recorde em produção e produtividade de milho”, destacou.
Em Mato Grosso, por exemplo, a expectativa é de uma produtividade média de 106 sacas por hectare, considerada um resultado muito bom, disse Debastiani, mas ainda 6% aquém do desempenho de 2018/19 (Reuters, 27/5/20)
TERCEIRA CHAMADA – EDITORIA AÇÚCAR
Cofco vai exportar açúcar em vez de milho em seu terminal de Santos COFCO
A Cofco International anunciou nesta quarta-feira que exportará açúcar em vez de milho a partir do seu terminal 12a em Santos (SP), de 1 de julho a 31 de dezembro de 2020, após ter aumentado a produção do adoçante, em momento que o produto brasileiro está sendo fortemente demandado no mercado global.
O terminal do conglomerado chinês tem capacidade para exportar 400 mil toneladas de açúcar por mês.
“Este acordo interno permitirá à empresa otimizar seus programas de exportação de commodities agrícolas, principalmente após um aumento da produção de açúcar nas quatro usinas da Cofco International no Estado de São Paulo”, destacou a empresa.
O programa de milho da empresa será executado de acordo com os volumes planejados originais, mas em terminais de terceiros no Porto de Santos, segundo a companhia.
“Não haverá impacto nas exportações de soja, que a empresa planeja retomar de janeiro de 2021 a junho de 2021, como de costume.” (Reuters, 27/5/20)