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70 anos do Sindicato Rural de Campo Grande - Wilson Aquino*
| DO AUTOR
As comemorações dos 70 anos do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, agora em julho, nos remetem não só à reflexão das potencialidades da agricultura e da pecuária de Mato Grosso do Sul, mas também a grandes nomes de homens do campo que já se foram e muitos que aí estão e que contribuem para que o Estado se torne essa potência na produção de alimentos e de outros produtos que fortalecem nossa economia, gerando emprego, renda e qualidade de vida.
A produção do campo tem elevado o agronegócio brasileiro a patamares nunca antes alcançados. Se destacaram ainda mais durante a pandemia, que ainda atravessamos, porque salvaram o país de uma crise sem precedentes, que geraria um caos muito maior se não fosse essa força de trabalho do homem do campo.
Esse incansável trabalhador que não se curvou ao vírus Covid-19, não ficou em casa e foi à luta para plantar, enfrentando também as pragas do campo, para colher safras recordes.
As 7 décadas de existência do sindicato são oportunas para levantar o agradecimento a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente no processo de produção e comercialização das safras de carnes, grãos e outros produtos da lavoura.
O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro foi uma das poucas autoridades públicas que reconheceram isso. Ele sempre enalteceu o agropecuarista, pois sempre entendeu que a cidade não vive sem o campo.
E não tem como comemorar 70 anos de uma entidade de classe que sempre contribuiu com o crescimento exponencial das atividades agrícola e pecuária do Estado, sem nos remetermos a nomes de lideranças desse setor que se dedicaram e muitos deles, que ainda se dedicam para o seu fortalecimento.
Nomes de pessoas que lutaram ao longo de suas vidas contra os mais variados obstáculos naturais, políticos, econômicos e sociais. Problemas gigantescos e ameaçadores como a famigerada (pela forma como se tentou implantar) reforma agrária, quando não perdoava nem mesmo as propriedades produtivas.
O que dizer então das invasões de terra por organismos de esquerda que até hoje vivem aí, como urubus, à espreita para atacar propriedades alheias. E o que é pior, sustentados com dinheiro público por governos anteriores ao atual.
Uma das imagens mais marcantes dessas injustificáveis invasões apoiadas por instituições públicas e que ficou na memória de todo cidadão de bem deste país, que ama a Nação e respeita a Constituição Brasileira é aquela famosa invasão de “sem terras” a uma grande propriedade rural onde os invasores usaram tratores da propriedade par derrubar plantações inteiras de laranjas e outras culturas. Depois incendiaram tudo. Lamentável e triste tamanha injustiça, pois ficaram impunes, mesmo praticando barbáries.
Foram tempos difíceis que exigiram o empenho e dedicação de toda classe produtora.
E ao trazermos à tona as incontáveis lutas do homem do campo não tem como deixarmos de citar alguns desses grandes nomes de produtores rurais que se tornaram grandes líderes em defesa da categoria.
Nomes como: Paulo Coelho Machado (+), advogado, jornalista e escritor, que presidiu o Sindicato Rural de Campo Grande. Além de ocupar cargos públicos e deixar um grande legado cultural com seus registros históricos da história de Mato Grosso do Sul (desde antes da divisão), ele foi um grande líder rural em defesa da produção e de condições política e econômicas para esse fim;
Eduardo Machado Metello (+), que também presidiu o Sindicato Rural de Campo Grande e a Famasul, enfrentou grandes batalhas empunhando a bandeira do homem do campo.
Silvio Mendes Amado (+), um grande amigo, sempre alegre e de bom humor, fundou a Famasul e também travou grandes embates. Seu filho, José Armando Amado, que também presidiu essa federação nos anos 90, continua seu legado em defesa do campo.
Dr. Hélio Martins Coelho (+), médico e pecuarista, foi presidente do Sindicato Rural de Campo Grande e também da Acrissul, entidade que seu pai, o pecuarista Laucídio Coelho foi um dos fundadores. Hélio foi um visionário na pecuária com a introdução da melhoria genética do gado de corte no Estado. Hélio era irmão do prefeito de Campo Grande, Lúdio Martins Coelho (+), que foi senador da República e presidente do Banco Agrícola de Dourados. Era conhecido também por declarações e atitudes quase folclóricas, pelo uso de linguagem popular, direto e sincero. O chapéu de produtor rural era sua marca registrada e foi um grande batalhador também em defesa do homem do campo.
Na solenidade de comemoração dos 70 anos, lá estavam também outras grandes lideranças que fazem parte dessa história de luta pelo campo. Nomes como de Laucídio Coelho Neto, que presidiu até recentemente a Acrissul onde desenvolveu um grande trabalho; Antônio de Moraes Ribeiro Neto, ex-presidente do Sindicato Rural de Campo Grande e da Acrissul e José Lemes Monteiro, ex-presidente do Sindicato Rural de Campo Grande.
Parabéns a todos eles. Aqueles que já se foram, esses que aí estão e à atual diretoria do Sindicato, comandada por Alessandro Coelho.
*Jornalista e Professor
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