Ministério da Saúde entrega 823 respiradores a 16 estados do país

Foram contratados e distribuídos 540 leitos de UTI

| JONAS VALENTE


© Júlio Nascimento/PR

Até o momento, foram entregues 823 respiradores a 16 estados do país. As Unidades da Federação que mais receberam foram o Rio de Janeiro (150), Pará (130), Amazonas (120), Ceará (75), Pernambuco (50) e Amapá (45). Os números foram apresentados pelo secretário executivo adjunto do Ministério da Saúde, Élcio franco, e o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, durante entrevista no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira(18).

O Ceará recebeu R$ 75,3 milhões para covid-19; 200 leitos habilitados; 2,8 milhões de EPIs; e 75 respiradores. O Maranhão recebeu R$ 59,5 milhões; 110 leitos habilitados; 2,1 milhões de EPIs; e 25 respiradores. Pernambuco recebeu R$ 157,5 milhões; 276 leitos habilitados; 2,9 milhões de EPIs; e 50 respiradores (com previsão de outros 35 em nova entrega em maio). O Rio de Janeiro recebeu R$ 144,2 milhões e 150 respiradores (com nova entrega de 56). São Paulo teve 519,8 milhões; 1.638 leitos habilitados; 15,6 milhões de EPIs; e 20 respiradores. 

Élcio Franco afirmou que apesar de não ser uma atribuição do governo federal, o Ministério da Saúde está buscando apoio para os leitos. Ele confirmou que as licitações para alugar 2.000 leitos, anunciadas ainda em abril, não ocorreram por falta de interessados. Já foram contratados e distribuídos 540 leitos de UTI até o momento. 'Vamos novamente tentar esta contratação e espero que haja interessados', declarou.

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, abordou a posição do país nos rankings internacionais quando considerados os índices em proporção à população.

“O Brasil está em quarto em número de casos confirmados e sexto em mortes confirmadas. Quando observamos taxa de mortalidade, fica em 18º. E na incidência, em 38º considerando só países com mais de 1 milhão de habitantes', disse.

Ao comparar a dinâmica da evolução da doença  em outros países, o secretário afirmou que há uma dinâmica clara no território nacional. A linha mostra um tendência de subida, e não de descida, perdendo para os Estados Unidos, epicentro da pandemia no mundo.

No ano passado, foram registradas 45 mil hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Em 2020, até a semana epidemiológica 20, foram registradas 139.622 internações por SRAG no país, sendo 39.064 por covid-19 e 1.792 por influenza. 

Ainda há 47 mil hospitalizações por SRAG em investigação e outras 48,7 mil por SRAG considerado “não identificado'. Segundo Eduardo Macário, a categoria “não especificada' envolve uma evolução que demanda hospitalização mas não se identifica um vírus ou bactéria. 

Em relação à demora nas investigações, o secretário Macário disse que o Ministério da Saúde orientou os estados para analisar os novos casos, mas “não deixar de olhar o passivo, até para a gente definir quando esses casos começaram no Brasil'. 

Dos pacientes que faleceram, 69% têm acima de 60 anos. No quesito cormobidades, 64% apresentam alguma doença, como cardiopatias, diabetes, doenças renais ou condição neurológica. No recorte por cor, 47,3% são eram pardos, 43,1% eram brancos, 7,5% eram pretos, 1,7% eram amarelos e 0,5% eram indígenas.  

De acordo com o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, 43 milhões de brasileiros foram vacinados contra a gripe. A 1ª fase teve início em 23 de março e focou idosos. A 2ª fase ocorreu a partir de 16 de abril atendendo a profissionais de forças de segurança, pessoas com doenças crônicas, caminhoneiros e outros segmentos. A 3ª fase, de 11 de maio a 5 de junho, cobriu pessoas de 55 a 59 anos, crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes, pessoas com deficiência e professores. A estimativa da equipe do ministério é que 77,7 milhões de pessoas sejam imunizadas até o fim da campanha. O investimento totalizou R$ 1 bilhão.

Edição: Liliane Farias

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