II Meeting Científico aborda realidade diária da Nutrição para crianças com necessidades especiais

| ASSESSORIA


Meeting Científico foi transmitido ao vivo pelo canal oficial da UNIGRAN no YouTube

O curso de Nutrição da UNIGRAN realizou o II Meeting Científico em plataforma digital. O evento, transmitido ao vivo pelo canal oficial da Instituição no YouTube, contou com a palestra ‘A realidade diária da Nutrição para crianças especiais’, ministrada pela nutricionista Anielli Ortega Camacho Dias Cavalcanti e pela fonoaudióloga Cristiane Ortiz.

O Meeting foi realizado para os acadêmicos de todos os semestres, professores e profissionais da área. Segundo a coordenadora do curso de Nutrição, Aline Victório Faustino Onishi, o intuito foi estreitar os relacionamentos e proporcionar uma visão sobre as atividades realizadas pelo nutricionista no atendimento de crianças especiais.

“Nos reunimos, de forma remota, para divulgar o trabalho que é feito nesta área da Nutrição e os trabalhos que são feitos de forma multi e transdisciplinar. O tema foi escolhido pensando no despertar para a importância que a Nutrição tem na vida das pessoas, ressaltando aquelas que não têm autonomia para escolher os alimentos ou preparar uma refeição. Uma oportunidade para agregar informações de qualidade que fazem diferença em nossa atuação profissional”, mencionou Aline Onishi.

Anielli Cavalcanti destacou as informações nutricionais e como é feito o trabalho de equipe multidisciplinar. “Crianças que têm deficiência, alguma síndrome infantil, genética ou não, precisam de um apoio, um acompanhamento especializado e um atendimento nutricional voltado à sua realidade”, disse. A nutricionista listou os principais atendimentos em pacientes com Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Síndrome de West e Hidrocefalia, realizados na cidade de Caarapó.

Conforme Anielli, o profissional de saúde precisa ter um olhar diferenciado e conhecimento técnico-científico para executar um bom atendimento nutricional. “É importante saber que muitas vezes esta criança terá limitações físicas que a impedirá de realizar a avaliação antropométrica padrão, mas a ciência nos propõe alguns métodos estimados para termos as medidas corporais, pois quanto melhor o método, mais preciso o diagnóstico nutricional”, ressaltou.

Durante a palestra, a nutricionista especificou que é comum crianças com dano neurológico apresentarem um ou mais fatores que dificultam a alimentação: alterações na mastigação, disfagia (dificuldade de engolir), retardo no esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico, falta de coordenação motora e dificuldade em se alimentar de forma independente, por exemplo.

Em sua conclusão, Anielli Cavalcanti apontou que é importante avaliar cada criança considerando suas especificidades, analisando com bastante critério o estado nutricional, todo o trato gastrointestinal (como a presença ou não de disfagia e constipação), alergias ou intolerâncias alimentares, além dos exames bioquímicos e medicações. “O resultado de melhora do paciente quando associado ao tratamento multiprofissional é fantástico”, declarou.

Outro profissional que atua de forma multidisciplinar no atendimento à criança com necessidades especiais é o fonoaudiólogo, que tem um trabalho primordial no que se refere à via de alimentação. “Trabalhamos a função que sustenta e mantém a qualidade de vida do paciente. Como por exemplo, a quantidade, a textura e a consistência dos alimentos. Dentro da fonoaudiologia trabalha-se a disfagia, que é um distúrbio alimentar em que o paciente tem dificuldade de deglutir, sendo comum a ocorrência em várias doenças neurológicas, neuromusculares, alterações do esôfago, laringomalácias, etc. O fonoaudiólogo escolhe a melhor consistência dos alimentos para evitar a aspiração do conteúdo para o pulmão ou sugerir uma cirurgia para uma melhor qualidade de vida”, relatou a fonoaudióloga Cristiane Ortiz.

A palestrante alertou que a incidência de disfagia pediátrica vem aumentando. “Uma explicação parcial para este fenômeno é o aumento da sobrevida de crianças com antecedentes de prematuridade, baixo peso ao nascer ou complicações médicas complexas. A principal preocupação é evitar as complicações da disfagia: desidratação, infecções pulmonares, subnutrição.

Uma criança com necessidades especiais, em regra, é encaminhada para avaliação fonoaudiológica e nutricional. “Quando trabalhamos juntos todos apresentam resultados potencializados. Unidos em oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente e sua família”, enfatizou Cristiane Ortiz.



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