Estiagem de 40 dias preocupa produtores, mas estimativas do milho são mantidas

| DOURADOSNEWS / ANDRé BENTO


Mato Grosso do Sul plantou 2,003 milhões de hectares de milho nessa safra - Crédito: André Bento /Dourados News /Arquivo

Levantamento feito pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) na segunda semana de maio apurou que Mato Grosso do Sul tem regiões com média de 40 dias de estiagem agrícola. Embora essa condição preocupe os produtores de milho, o mais recente Boletim Casa Rural mantém a estimativa de produtividade de 75 sacas por hectare e a projeção de 9,013 milhões de toneladas de produção nessa safra.

No Estado foram cultivados 2,003 milhões de hectares do cereal e os técnicos Siga-MS apuraram que “grande parte das lavouras começa a iniciar a fase de pendoamento, preocupando os produtores pela baixa disponibilidade hídrica no solo”.

O documento tornado público por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja) menciona dados do modelo Agritempo (Sistema de Monitoramento Agro Meteorológico), segundo o qual desde a de 17 de maio todas regiões do estado estão em situação de “necessidade” de chuva.

Ainda conforme o Siga-MS, o Agritempo indica no máximo 18 milímetros de chuva desta quarta-feira (19) até sábado (22) em território sul-mato-grossense, e o modelo do NOAA (National Oceanic and Atmosferic Administration) de previsão do tempo estendida aponta possibilidade de chuva nas regiões centro e sul do estado nos próximos 15 dias.

“O prognóstico de precipitação acumulada indica que em maio é previsto até 160 mm de acúmulo para o mês e em junho até 100 mm. A precipitação indicada é menor que a demanda hídrica exigida pela cultura no desenvolvimento do seu ciclo. Algumas áreas já apresentaram sintomas de déficit hídrico”, detalha o Boletim Casa Rural.

Os técnicos do Siga-MS apuraram ainda que Mato Grosso do Sul tem 7% das lavouras de milho com classificação “ruim”, por problemas como “alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo”. 

Outros 85% foram classificados como “regular”, com “plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento”.

Apenas 8% têm classificação “bom”, por não apresentarem nenhuma das características anteriores, “possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade”.



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