Bombeiros levam música para pacientes com Covid-19 em hospital de Campo Grande: 'Ato de amor ao próximo'

A ação faz parte do serviço de capelania do Hospital Universitário da Capital. Bombeiros Militares visitaram diversas alas e levaram músicas e afeto aos pacientes, acompanhantes e funcionários.

| G1 / JOSé CâMARA, G1 MS


À primeira vista, o cenário em um hospital é caótico e com a Covid-19, os trabalhos nas instituições se tornaram muito mais tensos. As paredes são brancas, os sons capazes de serem escutados são de passos ou de equipamentos médicos.

A fim de amenizar a tensão sobre o local, e distribuir afeto e esperança para os profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes que estão no Hospital Universitário (HUMAP-MS) de Campo Grande, bombeiros da capital optaram por levar a música, até para aqueles que estão internados em decorrência da Covid-19.

Para o saxofonista e bombeiro militar, sargento Jair Viana de Souza Júnior, a atitude expressada através da música é como um "ato de amor ao próximo". Levar as músicas para as pessoas que estão no hospital faz parte de um projeto de capelania do HUMAP-MS. Na última visita, os bombeiros tocaram para aqueles que estão trabalhando arduamente no combate à pandemia e várias pessoas que estão internadas na instituição. Assista ao vídeo:

Com um saxofone e um violão, os bombeiros militares, Jair Viana de Souza Júnior, e Franklin Ortiz, fazem parte da ação que acontece há mais de 10 anos no Hospital Universitário de Campo Grande. O serviço social, de levar música para o HUMAP-MS, ficou parado por conta da pandemia.

Após viabilizaram formas para continuar as atividade sem colocar os músicos em risco, os bombeiros voltaram e transformaram a trilha sonora da instituição, mesmo que apenas por um momento.

Agora de máscara e com a atenção redobrada aos cuidados sanitários, a apresentação começa logo na entrada do hospital. Após, de acordo com o sargento Viana, eles percorrem com os instrumentos por alas de tratamento de doenças gerais, maternidade e, recentemente, visitaram pacientes com Covid-19 que estão internados no Centro de Terapia Intensivo (CTI).

"Olha, é muito gratificante para nós. Podemos levar sentimento para as pessoas. Música é uma arte, estamos levando arte para as pessoas, estamos levando sentimentos através do som", disse o sargento.

Viana pontou algo que tem sido comum entre aqueles que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus: o cansaço. Ele acredita que os médicos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, fisioterapeutas e tantos outros profissionais "se sensibilizam com o som" e para ele "até damos uma levantada no astral dos funcionários".

Hoje sargento, Viana tem uma ligação de longa data com a música, toca instrumentos desde os nove anos de idade, e para ele, levar a arte para as pessoas "é impactante", inclusive para "aqueles que estão em momentos difíceis".

Com as máscaras, itens indispensáveis para a proteção contra a Covid-19, os sorrisos não podem ser vistos quando a música começa, mas Viana pondera: "pelos olhares, conseguimos enxergar um alívio, às vezes as pessoas até aplaudem, me sinto gratificado quando tudo isso acontece".

"Nós ficamos duas horas no hospital. Eu acredito no poder da música, ela traz um sentimento e sensibilidade para quem escuta. Pelo fato de já ser bombeiro, já temos uma predisposição de ajudar as pessoas, eu estou fazendo um simples fato de amar o meu próximo", finalizou Viana.

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