Em nota, Vasco explica demissões de trabalhadores

Clube já havia suspendido contratos de trabalho amparado pela MP 936

| RODRIGO RICARDO


© Paulo Fernandes / Vasco.com.br/Direitos Reservados

Em crise econômica, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Vasco viu o quadro de asfixia financeira se agravar nos últimos tempos com a paralisação das competições de futebol. Para reduzir custos, o clube carioca anunciou a demissão de 50 funcionários. Duas semanas antes, a direção cruzmaltina havia proposto a suspensão do contrato de trabalho de 250 pessoas.

“Em um primeiro momento, no intuito de salvaguardar empregos, a Diretoria Administrativa optou por reduzir os vencimentos de alguns funcionários e suspender temporariamente o contrato de trabalho de outros, com base na Medida Provisória 936/2020, publicada no dia 1/04/2020. Lamentavelmente, diante das circunstâncias, foi preciso tomar medidas mais duras', diz o clube em nota divulgada na noite desta segunda (11).

Antes da interrupção das atividades esportivas, o clube carioca ainda disputava a Copa Sul-Americana, a Copa do Brasil e o Campeonato Carioca. Mas quem acompanha o cotidiano do Gigante da Colina sabe que dívidas fiscais, trabalhistas e atrasos de salários de jogadores e funcionários já se tornaram rotina no clube.

“O Club de Regatas Vasco da Gama comunica que, em face dos desafios econômicos agravados com a crise do novo coronavírus, precisou readequar seu quadro de colaboradores.

Em um primeiro momento, no intuito de salvaguardar empregos, a Diretoria Administrativa optou por reduzir os vencimentos de alguns funcionários e suspender temporariamente o contrato de trabalho de outros, com base na Medida Provisória 936/2020, publicada no dia 1/04/2020. Lamentavelmente, diante das circunstâncias, foi preciso tomar medidas mais duras.

Aos funcionários desligados nesta segunda-feira (11/05), foi oferecido, sem exceção, um acordo para parcelamento de débitos em atraso, com pagamento da primeira parcela no ato. Também pelo acordo, fica estipulado que o Clube terá de arcar com multa de 50% em caso de inadimplência do pagamento da parcela, devendo haver uma tolerância de 30 (trinta) dias após o vencimento para aplicação da multa. O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM CLUBES, FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES ESPORTIVAS E ATLETAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO acompanhou todo o processo.

A decisão da Diretoria Administrativa foi tomada considerando as implicações orçamentárias com a crescente queda de receitas, aliada ao cenário extremamente desafiador dos próximos meses em todos os âmbitos. Tais medidas não seriam adotadas não fossem no intuito de assegurar a sobrevivência financeira do Clube.

O Club de Regatas Vasco da Gama agradece aos funcionários ora desligados pelo profissionalismo e dedicação durante o período em que estiveram a serviço da instituição.

À Diretoria Administrativa'

Edição: Fábio Lisboa

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