Você usa motocicleta? Que tal não ser o para-choques?

| REDAçãO/GAZETA MS


Pensando em não deixar margem para interpretações equivocadas, de início queremos dizer que o principal objetivo deste artigo é alertar e buscar mais segurança àqueles que estão nessa árdua tarefa de cruzar a cidade várias vezes ao dia para entregar encomendas diversas; os motociclistas que fazem entregas e remédios, alimentos, documentos, lanches, pizzas, água, gás, peças mecânicas, dentre outros.
Esse segmento profissional, hoje conhecido com “Delivery”, uma palavra de origem inglesa que apareceu no Brasil nos anos 2000 e virou moda, como se costuma dizer, substituindo o termo usado anteriormente “tele entrega”.
Embora os termos “tele entrega” e “Delivery” sejam diretamente associados à entrega de comida, eles servem para todos os outros segmentos de entrega. É bom deixarmos bem claro que não queremos, de nenhuma forma, depreciar esse trabalho. Entretanto, como nas demais áreas sociais, não há como não mencionar as atitudes que chegam às raias da irresponsabilidade, praticadas por uma significativa parcela desses condutores.
Com facilidade podemos acompanhar algumas manobras perigosas e descabidas praticadas por alguns desses ‘motoqueiros’ que, andando a toda velocidade, cortam filas, cruzam sinais fechados, sobem em calçadas, às vezes até na contramão, no afã de fazer outra entrega, mesmo quando nem terminou a tarefa que se propôs realizar.
As consequências são danosas em todos os sentidos. A imprudência mata, aleija e deixa um sinistro e doloroso rastro de destruição, embora a regra reze atenção, tanto na saída, quanto no retorno de cada trajeto para a entrega da encomenda.
Infelizmente, acidentes com moto tornaram-se frequentes na maioria das cidades brasileiras. As estatísticas apresentam elevados registros de óbitos. Nesse aspecto todos saem perdendo. O motociclista, que muitas das vezes é casado e os envolvidos nos acidentes, motoristas e/ou vítimas. Não se pode negar que toda regra tem exceção. Isso é a mais absoluta verdade. Algumas colisões ocorrem por culpa de motoristas embriagados ou motociclistas imprudentes, tendo como pano de fundo a desculpa da pressa.
Nesse momento tão difícil, em termos econômicos, a tolerância passou a ser de fundamental importância no equilíbrio do trânsito. Se todos entendessem que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, principalmente ao mesmo tempo, diversos dissabores poderiam ser evitados. Se a direção defensiva efetivamente fosse levada a sério, com certeza, muita dor no corpo e principalmente no bolso e na consciência poderiam ser evitados.
Se fizermos um levantamento sobre acamados por acidente em moto, o resultado pode ser alarmante. São dezenas totalmente dependentes do auxilio da família por conta dos acidentes de trânsito. É importante o brasileiro saber que numa colisão não existe preferência, todos saem no prejuízo tanto físico, quanto psicológico e financeiro. Isso quando o resultado não causa maiores traumas, ficando somente no campo de perdas mecânicas, que se tratando de moto praticamente não existe, pois em cima de veículo de duas rodas, na maioria das vezes, o condutor se torna o para-choques.
Portanto, parafraseando uma campanha de trânsito: “não corra, não mate, não morra”.



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