Local
Chegada do verão alerta para prevenção e combate à doença que afeta pets e humanos: a Leishmaniose
Altas temperaturas aumentam a infestação do mosquito vetor da doença, especialmente em regiões endêmicas, como Mato Grosso do Sul
| ASSESSORIA
As altas temperaturas e dias ensolarados proporcionados pelo verão traz alertas importantes, principalmente para moradores de Mato Grosso do Sul: a prevenção e o combate à leishmaniose, zoonose que é considerada uma das doenças mais graves do mundo. Resultado disso são os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que mostram que o Brasil representa em torno de 96% dos casos de Leishmaniose nas Américas. Com isso, Silvana Badra, médica-veterinária e gerente de produtos pet da MSD Saúde Animal, dá dicas importantes de como não fazer parte dessa estatística.
A médica-veterinária conta que a transmissão acontece a partir da picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis - o principal vetor) infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. "O cachorro é o principal reservatório do protozoário, mas é importante lembrar que ele não transmite a doença diretamente aos humanos, mas sim por meio do mosquito vetor. O mosquito pode picar o animal infectado e, em seguida, as pessoas - e isso dá início ao ciclo de transmissão, por isso é importante proteger o animal, o que, consequentemente, significa cuidar de toda a família", explica.
Como prevenir?
De acordo com a médica-veterinária, não tem segredo, já que a melhor forma de prevenção é seguir as medidas para o controle da leishmaniose, como o uso da coleira antiparasitária e repelente e manter a vacinação do animal em dia. "Claro que é essencial também fazer a lição de casa, como manter a casa limpa e utilizar telas de proteção, principalmente no local em que o pet fica", alerta Silvana.
Como identificar e tratar?
Os primeiros sintomas podem ser observados por problemas dermatológicos no cachorro, como pelagem falha e opaca; perda de pelo nas regiões do focinho, orelha e olhos; falta de apetite; sangramento nasal; anemia; apatia; vômitos e diarreia.
"O diagnóstico, muitas vezes, não deve ser baseado em um único exame e o médico-veterinário é o único profissional habilitado a fazê-lo, bem como a indicar terapia e cuidados preventivos adequados", reforça a especialista. "A visita periódica à clínica veterinária é essencial, já que muitos cães podem estar infectados pelo protozoário e o tutor não perceber", completa.
Se seu animal for diagnosticado com leishmaniose, não entre em pânico! A doença pode ser tratada com a administração de medicamentos que tratam os sintomas e reduzem as chances de transmissão do parasita a outros animais e humanos.
Dica da médica-veterinária
Silvana ressalta que, apesar de haver tratamento, é muito melhor prevenir do que remediar pois o tratamento exige um alto investimento financeiro e não traz a cura - apenas melhora os sintomas e diminui a carga parasitária. Então fique atento às medidas preventivas e cuide do seu cachorro, para que toda a família também fique protegida.
LEIA MAIS

Comandante Geral da PM destaca parceria com Secretaria de Segurança de Ponta Porã
Há 14 minutos

Polícia Militar Rodoviária apreende carga de maconha, na MS 164, em Maracaju
Há 14 minutos

Reeducandos do Centro Penal da Gameleira trabalham na reforma da Unei Dom Bosco
Há 14 minutos

Dourados: projetos da Coronel Ponciano e do terminal de passageiros avançam
Há 14 minutos