Você sabia de uma condição de saúde chamada síndrome da fome noturna? Definida pela primeira vez em 1950 a hiperfagia, excesso de fome noturna, é o sintoma mais característico desta síndrome. 

Isso faz com que a pessoa seja propensa a sentir vontade de consumir elevadas cargas de calorias durante o período noturno. Outros sintomas comuns são a falta de apetite matinal, problemas para pegar no sono e o aumento de peso. 

A obesidade é, também, a porta de entrada de condições prejudiciais à saúde geral como, por exemplo, a diabetes, distúrbios metabólicos e doenças cardiovasculares.

Geralmente presente entre pessoas de 20 a 30 anos, sentir mais fome no período noturno é muito mais comum do que se imagina e pode ter consequências negativas para muitos outros aspectos da vida cotidiana. 

Fome e vontade de comer são questões diferentes. A fome é uma necessidade do organismo e se manifesta quando a energia corporal está baixa. Já a vontade de comer, também chamada de fome emocional, acontece por conta da necessidade de satisfação, conforto ou motivações que não são relacionadas à falta de energia, proteínas ou carboidratos.

Quais são as causas da fome noturna?
A comida é uma das coisas que podem trazer um conforto instantâneo. O problema desta afirmação é que este conforto tende a passar tão rápido quanto chega. 

Psicólogos, endocrinologistas e nutricionistas têm estudado as diferentes causas relacionadas à vontade de comer sem, necessariamente, estarmos precisando ingerir alimentos. 

Causas como preocupações profundas, descontentamento com algum aspecto da vida, falta de ciclos sociais significativos e carência afetiva são alguns dos principais motivos pelos quais as pessoas recorrem à comida como um preenchimento do vazio.

É comum que a fome noturna nos leve a ingerir alimentos calóricos, com níveis altos de açúcar e carboidratos refinados. 

Esse tipo de comida aumenta o nível de produção do nosso hormônio da felicidade, a serotonina, trazendo uma sensação de bem estar que dura pouquíssimo tempo e cai abruptamente. 

Isso causa diferenças de humor e insatisfação algumas horas depois de comer, podendo levar a uma maior ingestão para tentar nos sentirmos melhor novamente. 

Como evitar o hábito de comer à noite?
Existem formas eficazes para evitar prolongar o hábito de comer alimentos em excesso no período noturno, antes de buscar ajuda em remédios e tratamentos mais invasivos ao organismo. 

Mudar comportamentos prejudiciais e hábitos que fazem mal ao funcionamento do corpo pode ser suficiente para regular os horários. 

O primeiro deles é o de evitar ao máximo ficar de jejum pela manhã inteira, o café da manhã é considerado a refeição mais importante do dia justamente porque fornece combustível para a rotina e regula nossa sensação de saciedade. 

Ter horários regulares para a alimentação e fracionar a quantidade de comida ingerida durante o dia é crucial para chegar no período noturno com menos fome ou vontade de comer. 

Considere ter na bolsa ou mochila lanchinhos saudáveis ou frutas para comer antes das refeições, isso fará com que você chegue na hora do almoço e da janta com menos fome. 

Lembre-se de sempre beber água durante o dia! A água controla o apetite e a sede pode ser facilmente confundida com a fome, já que a mesma área do cérebro (hipotálamo) é responsável pelos dois alertas: fome e sede.

Por que é prejudicial comer antes de dormir?
Em uma pesquisa realizada e apresentada na Sociedade Europeia de Cardiologia com mais de 700 adultos, demonstrou os impactos negativos gerados pelo organismo relacionados à comer à noite. 

Segundo especialistas, consumir alimentos algumas horas antes de deitar-se para dormir faz com que o nosso organismo permaneça no que chamamos de “estado de alerta”. 

Este estado estimula a produção de hormônios ligados ao estresse e à adrenalina alterando o funcionamento do coração e o ritmo diário. 

Alimentar-se de maneira errada tem se tornado comum na vida contemporânea e isso pode causar danos à saúde à longo prazo. 

A ingestão de comida aciona uma série de processos metabólicos ligados à absorção dos alimentos. Quando estes processos são colocados em prática ao mesmo tempo que nosso organismo está se preparando para uma noite de sono, consequências como a deficiência na absorção de gordura, náuseas, indigestão e a indigestão são comuns. 

A principal dica para evitar qualquer tipo de problema é limitar a hora de jantar para às 20 horas e não ingerir nenhum tipo de alimento três horas antes de dormir.

O que acontece com nosso corpo quando dormimos?
O sono é uma das áreas mais recentes da ciência, sendo colocada em prática apenas após o século 20. Antes disso, cientistas do mundo inteiro acreditavam que nosso cérebro e corpo se desligavam completamente na hora de dormir. 

Dormimos para economizar energia, para consolidar a nossa memória e para fazer uma manutenção corporal. 

Nossa pele é regenerada, o cérebro faz uma limpeza mental e física descartando células mortas e moléculas beta-amiloide, hormônios de crescimento são liberados e as fibras musculares são reparadas. 

O ato de dormir, na realidade, possui 5 estágios principais: a fase inicial (de alguns segundos a 5 minutos); a fase do sono leve (de 10 a 20 minutos); o início do sono profundo (5 minutos); o sono profundo (20 minutos) e o sono REM (de 15 a 20 minutos). 

Estas fases acontecem de forma cíclica e cada ciclo completo dura de 60 a 90 minutos. Cada uma delas possui um objetivo diferente. O sonho, por exemplo, só acontece quando estamos na etapa REM e é interrompido quando passamos para outras etapas do sono.

Exercícios para a melhora do sono
Praticar exercícios durante o dia é uma ótima maneira de gastar energia, regular as atividades do organismo e aumentar o metabolismo. 

Não deixe de prestar atenção em detalhes importantes como a compra de equipamentos específicos para o seu nível de habilidades e a moda fitness que seja indicada para o tipo de exercício escolhido.

Invista em uma mudança de hábitos completa, melhore a alimentação e crie uma rotina de atividades físicas que encaixem no seu dia a dia.