Para confirmar a má fase, Liverpool perde a sequência de 68 jogos de invencibilidade em casa

| TRIVELA/BRUNO BONSANTI


É, a fase é ruim. Se quatro jogos seguidos sem vencer e três sem marcar gols não eram pistas suficientes, o Liverpool entregou a mais incontestável de todas: nesta quinta-feira, perdeu do Burnley, por 1 a 0, em Anfield, e viu chegar ao fim a sua sequência de 68 jogos de invencibilidade como mandante pela Premier League, que durou quase quatro anos.

A última derrota do atual campeão pela liga inglesa em Anfield havia sido em abril de 2017, para o Crystal Palace. A sequência de bons resultados em casa foi o esteio sobre o qual o Liverpool baseou suas últimas campanhas, inclusive a que quebrou o jejum de 30 anos sem títulos ingleses. Uma hora ela terminaria, mas perder a certeza de que pelo menos alguns pontos estão garantidos em Anfield no momento em que nada está dando certo é um abalo psicológico e um sinal de alerta às ambições para a temporada.

Sem possibilidade de rodar a defesa pelo excesso de lesões, Klopp fez alterações no setor de ataque, com Oxlade-Chamberlain e Divock Origi no time titular nas vagas de Mohamed Salah e Roberto Firmino. Em comparação com os últimos jogos, a produção ofensiva do Liverpool foi superior contra o Burnley e algumas vezes parou em boas defesas de Nick Pope, mas já são 89 finalizações pela Premier League e apenas um gol desde aquele 7 a 0 sobre o Crystal Palace em 19 de dezembro.

O jogo contra o Burnley foi mais ou menos como são todos os jogos de times mais talentosos contra o Burnley: um ataque tentando abrir espaços em uma defesa feroz, e pontuais ameaças dos visitantes em bolas longas ou paradas. Houve duas dessas ameaças nos primeiros 15 minutos. Ashley Barnes saiu com liberdade a partir da intermediária, mas, sem velocidade, foi pressionado por Alexander-Arnold e bateu sem problemas para Alisson. A segunda foi mais perigosa. Alisson se embananou todo em uma saída do gol, e a bola sobrou para Barnes. Na entrada da área, o goleiro brasileiro conseguiu se recuperar para fazer uma grande defesa.

No outro lado, a melhor oportunidade do primeiro tempo foi com Origi. Ele aproveitou vacilo da defesa do Burnley para sair cara a cara com Pope, mas seu chute carimbou o travessão. A pressão dos anfitriões aumentou depois do intervalo. E Pope correspondeu. Defendeu uma batida de canhota de Arnold e outra de Salah, após ótima arrancada de Wijnaldum.

Mas quando o Liverpool mais parecia próximo de marcar, Barnes passou por Fabinho e preparava-se para tentar um toque por cobertura sobre Alisson, que havia saído do gol, quando foi derrubado pelo goleiro dentro da área. Pênalti que ele mesmo cobrou para abrir o placar.

Um toque de calcanhar de Firmino que Ben Mee cortou antes que chegasse ao gol de Pope foi a última oportunidade de o Liverpool preservar a sua sequência invicta.

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