Após motim, presídio em MS tem surto de Covid-19 e pelo menos 35 infectados com a doença

Presídio em Ponta Porã está atualmente superlotado, com 324 vagas e cerca de 620 internos, dos quais 341 ainda não foram condenados. Detentos fizeram motim no último dia 1° e chegaram a fazer agente penitenciário de refém.

| G1 / G1MS


O presídio Ricardo Brandão, em Ponta Porã, próximo da fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, enfrenta um surto de Covid-19 na primeira semana de 2021. Após um motim realizado no 1° dia do ano, em que um agente penitenciário chegou a ser feito refém, mais de 30 pessoas testaram positivo para a doença, sendo 4 servidores, de acordo com a Agência Estadual de Sistema Penitenciário (Agepen).

Agentes penitenciários afirmam, no entanto, que os casos devem passar de 100 no estabelecimento penal. De acordo com a Agepen, o presídio atualmente está superlotado, tendo 324 vagas e cerca de 620 internos, dos quais 341 ainda não foram condenados. Segundo a agência, 35 internos estão em tratamento de Covid-19 na unidade , de acordo com relatório fechado nesta terça-feira (5). 4 servidores ainda estão afastados em tratamento da doença. Até o momento, ninguém precisou internação.

A Agepen afirmou ainda que mais de 400 testes rápidos foram enviados ao presídio nesta terça, além de caldos para aplicação do teste RT-PCR. De acordo com a agência, os testes estão sendo aplicados conforme protocolo da Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Porã e que, além dos casos confirmados em tratamento, 54 casos suspeitos foram descartados.

Sobre a superlotação no presídio, a Agepen afirmou que a obra da Penitenciária da Gameleira unidade 2, na capital, está em fase final. Ela deve agregar mais 644 vagas ao sistema prisional neste início de ano de 2021, desafogando outras unidades. Além disso, segundo a agência, está em andamento uma licitação para a elaboração dos projetos de ampliação de seis presídios, com mais 908 vagas a serem geradas no estado.



PUBLICIDADE
PUBLICIDADE