Parceria permitirá execução do Dialogando Igualdades em Sidrolândia

| TJMS


Na tarde desta segunda-feira (14), o Des. Paschoal Carmello Leandro, Presidente do TJMS, acompanhado do juiz auxiliar Fernando Chemin Cury, recebeu a juíza Helena Alice Machado Coelho, que responde pela  Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS; o juiz Claudio Müller Pareja, da comarca de Sidrolândia; o Vice-prefeito de Sidrolândia Wellison Muchiutti Hernandes; o presidente do Conselho de Segurança de Sidrolândia, Waltemir Ribeiro, além de Natália de Souza e Aletânia Ramires Gomes.

Os representantes da comarca do interior vieram ao TJMS assinar um termo de cooperação mútua para implantar naquela cidade o programa Dialogando Igualdades, importante iniciativa desenvolvida pela Coordenadoria da Mulher desde novembro de 2017, na Capital, no combate à violência contra a mulher.

Desde que foi implantado em Campo Grande, o Dialogando Igualdades já foi replicado em outras comarcas, já que a proposta do grupo reflexivo para autores de violência doméstica é promover uma mudança cultural sobre a violência contra a mulher, a partir da reflexão e responsabilização de homens autores de violência doméstica e familiar contra a mulher, por meio de atividades grupais de caráter reflexivo e psicopedagógico.

O Des. Paschoal Carmello Leandro parabenizou as autoridades daquele município pela iniciativa de implantar o Dialogando Igualdades, lembrou que infelizmente a criminalidade existe em grande número, citou fatores que levam o homem a praticar violência contra a mulher e declarou acreditar que o programa auxiliará muito a reduzir o alto índice de violência doméstica e familiar.

“A justiça luta contra a criminalidade, já que a violência doméstica responde por grande parte dos processos nas varas criminais e a Coordenadoria da Mulher exporta conhecimento na execução do Dialogando Igualdades. Na verdade, nossa Coordenadoria da Mulher sempre esteve a frente de seu tempo em knowhow e produtividade', reconheceu o presidente do TJMS.

A juíza Helena Alice destacou que outros tribunais do país estão ainda discutindo a proposta enquanto Mato Grosso do Sul, sempre na vanguarda, trabalha com esse programa desde 2017 em Campo Grande, além de outras comarcas do interior, como Nova Andradina, que já compartilham as ações do grupo reflexivo.

“Estudos mostram que a reincidência cai entre 60% e 80% depois dos grupos reflexivos em geral. No Dialogando Igualdades, o índice de reincidência é ainda menor que a média nacional. Atualmente existem na Capital grupos reflexivos em funcionamento que recebem, por determinação judicial, homens que respondem processos relativos aos crimes previstos na Lei Maria da Penha', explicou Helena Alice. 

O juiz Claudio Pareja, da Vara Criminal de Sidrolândia, explicou que tramita um grande número de processos sob sua responsabilidade e que a maioria é de violência doméstica. Por isso, entendeu que a Coordenadoria da Mulher poderia estabelecer essa parceria, permitindo que o Executivo Municipal seja o responsável pela execução da proposta.

“Quando cheguei a Sidrolândia, duas servidoras já tentavam executar uma proposta de grupo reflexivo, assim, entendemos que a parceria com a Coordenadoria da Mulher seria primordial. Sidrolândia é a 6ª maior cidade Estado e 11º PIB de Mato Grosso do Sul. Iniciativas como essa e como a parceria SAJxSIGO certamente resultarão em uma prestação jurisdicional de mais qualidade para a população', esclareceu o juiz.

Importante lembrar que o Dialogando Igualdades também propõe oportunizar ao homem reflexão sobre o comportamento violento e a mudança de atitude para com as mulheres, a partir de uma perspectiva de gênero feminista e de uma abordagem responsabilizante; bem como promover a ruptura do ciclo de violência e sua desnaturalização, evitando possíveis reincidências.



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