Num jogo sonolento, o Grêmio sai com a vantagem e com o alívio ao escapar do empate contra o Juventude

| TRIVELA/LEANDRO STEIN


Grêmio e Juventude fizeram 90 minutos na Arena do Grêmio centrados mais no que acontecerá dentro do Alfredo Jaconi, na próxima semana, durante o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. As duas equipes não estavam dispostas a se expor ao longo desta quinta e ofereceram uma partida pouco interessante, na qual faltou mais intensidade e vontade das duas equipes. Os gremistas, ao menos, puderam construir rapidamente a vitória por 1 a 0, que dá a vantagem do empate no reencontro em Caxias do Sul. E o time da casa agradece o resultado, considerando a chance inacreditável de empate desperdiçada pelo Ju na reta final.

Logo no primeiro minuto, o Juventude perdeu o veterano Wagner, por lesão. E o Grêmio, superior, precisou de pouco para achar o gol, aos oito. Depois de puxar o contra-ataque, Isaque tabelou com Pepê e recebeu de volta um bolão, dando um toquinho por cima do goleiro Marcelo Carné para balançar as redes. A partir de então, os tricolores possuíam a situação a seu favor. Isso fez com que o time conduzisse o jogo de maneira letárgica, sem acelerar em seus ataques. Os anfitriões tinham a vantagem no placar, mas permitiram que o Juventude avançasse ao campo de ataque e ameaçasse algumas vezes. Dalberto arrematou para fora, antes que Breno Lopes parasse em Vanderlei, que desviou o chute com a ponta dos dedos.

O Grêmio melhorou um pouco depois dos 30, quando começou a se empenhar mais no ataque e a criar ocasiões para ampliar, baseando-se em seus pontas. Pepê seria travado numa boa jogada, enquanto Ferreirinha não deu tanto trabalho ao arrematar contra a meta de Carné. Os tricolores ditavam o ritmo, mas sem que isso significasse um grande ímpeto à vitória. E essa lentidão aumentaria no início do segundo tempo. Os anfitriões erravam demais na construção, demorando também a acionar o banco.

Não que o Juventude tivesse uma postura tão firme quanto no primeiro tempo. Os visitantes também se encolheram, para resguardar a diferença mínima e tentar resolver em casa. O jogo era sonolento e, quando finalmente Renato Portaluppi realizou as substituições, não conseguir mexer com os ânimos de seu time. O arrastado 0 a 0 parecia que não se alteraria. Isso até que o inacreditável acontecesse com o Ju, aos 34. Em grande jogada pela direita, Rafael Silva cruzou a Breno, engatilhando o chute na linha da pequena área. Sozinho, o atacante pegou mal demais na bola e mandou por cima do travessão. O empate era jogado fora ali.

A partida até esquentaria um pouco depois disso. Pepê voltaria a aparecer, num chute cruzado que forçou boa defesa do goleiro Marcelo Carné. Mas havia um certo preciosismo nos tricolores durante a preparação das jogadas, sem a velocidade de raciocínio necessária. O Juventude também não oferecia mais, sem exigir muito de Vanderlei. Nos acréscimos, Igor acertaria o lado de fora da rede gremista em cobrança de falta, mas parou por aí.

O placar mínimo não oferece muito conforto ao Grêmio na visita a Caxias do Sul, mas os tricolores acabam sendo os únicos mandantes que venceram a ida dessas oitavas de final na Copa do Brasil. Nada que anime a torcida, diante do momento da equipe e da atuação apagada. O Juventude é capaz de provocar uma surpresa. Que poderia ser até mais palpável, não fosse o vacilo de Breno no final.



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