Acusado de matar mulher e sumir com corpo vai a júri popular em MS

De acordo com sentença, Rômulo Rodrigues Dias vai responder por feminicídio e por ocultação de cadáver. A condenação pode passar de trinta anos de prisão.

| G1 / G1MS/TV MORENA, G1MS


O técnico de enfermagem Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos, acusado de matar e esconder o corpo da esposa em Campo Grande vai à júri popular após decisão desta terça-feira (27) do juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. O corpo de Graziela Pinheiro Rubiano, com 36 anos na época, até hoje não foi encontrado.

Na época, um exame de DNA, feito com o sangue achado no carro de Rômulo, investigado como possível assassino da esposa, apontou positivo. Ele teve a prisão temporária convertida em preventiva e, questionado sobre o paradeiro do corpo, nega qualquer envolvimento.

De acordo com a sentença desta terça-feira (27), Rômulo vai responder por feminicídio e por ocultação de cadáver. A condenação pode passar de trinta anos de prisão. Até a publicação da reportagem o G1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.

Entenda o caso

Desde o início do mês de abril, quando o boletim de ocorrência foi registrado, a Polícia Civil está fazendo varredura em diversos bairros da capital sul-mato-grossense para achar pistas da Graziela Pinheiro. Conforme a amiga, em fevereiro deste ano, quando ambas tiveram uma conversa, ela percebeu alguns hematomas no corpo da Grazi, como ela é conhecida entre as amigas.

"Fazemos o curso de técnica em enfermagem juntas e ela chegou uma vez com o braço roxo. Eu perguntei o que aconteceu e disse que caiu da cadeira. Outro dia tinha uma ferida no rosto e falou que foi pegar um pote de açúcar e caiu no rosto dela. Só que na última quarta-feira que eu a vi, alguns dias antes de parar tudo por conta da pandemia, nós estávamos no laboratório e eu vi as costas dela toda roxa. Foi quando eu perguntei novamente e ela pediu para eu esquecer esse assunto", comentou na ocasião.

Conforme a amiga, mais uma vez, ela insistiu no assunto e a estudante não quis falar o que estava acontecendo. "Ela disse: 'não se envolve não, é complicado'. Foi aí que eu falei que tinha um monte de mulher no curso a favor dela, que poderíamos ajudar, só que ela se afastou mais ainda. E nós tínhamos um trabalho pra entregar na outra semana, no qual ela ficou responsável, porém, ela não estava mais atendendo as minhas ligações e também não foi ao local no dia combinado de entregar o trabalho", explicou.

A amiga comentou ainda que passou o final de semana "muito preocupada". "A gente fica imaginando mil coisas que podem ter acontecido com ela. A Grazi falava que era casada, me dizia que era de Manaus e os pais são falecidos. Nós fomos até o companheiro e este disse que também não sabia dela, entregou o uniforme, a chave da empresa onde trabalhavam juntos e sumiu, então, não sabemos o que pensar. Até o patrão comentou que ela não faltava serviço e que o celular só dá desligado", finalizou.

O caso foi registrado como desaparecimento de pessoa. Quem souber de informações pode fazer denúncias, sob total sigilo, no número: (67) 3318-9026.



PUBLICIDADE
PUBLICIDADE