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Países europeus enfrentam escassez de remdesivir para tratar covid-19
Número de casos da doença tem aumentado na Europa
| ANTHONY DEUTSCH, ALICJA PTAK E FRANCESCO GUARASCIO
Os países europeus estão enfrentando escassez do medicamento remdesivir, contra a covid-19, à medida que o abastecimento limitado está se esgotando, disseram autoridades, em meio ao aumento de casos na Europa e com os Estados Unidos tendo comprado a maior parte da produção da farmacêutica Gilead.
A diretora comercial da Gilead, Johanna Mercier, disse que a empresa espera estar em condições, na semana que vem, de atender aos pedidos que chegam da Europa, e até o fim de outubro, atender à demanda global em tempo real pelo remdesivir.
Em julho, os 27 países da União Europeia (UE) e o Reino Unido garantiram doses para tratar cerca de 30 mil pacientes. Os Estados Unidos (EUA) assinaram um acordo para mais de 500 mil tratamentos, respondendo pela maior parte da produção da Gilead até setembro.
'O remdesivir acabou', disse o porta-voz do Ministério da Saúde holandês, Martijn Janssen, à Reuters, acrescentando, no entanto, que novas entregas são esperadas em breve.
O medicamento antiviral demonstrou encurtar o tempo de recuperação hospitalar em casos graves de covid-19. O remdesivir e o esteroide dexametasona são os únicos medicamentos autorizados na Europa para o tratamento da covid-19. Ambos foram dados ao presidente dos EUA, Donald Trump, que também está recebendo um coquetel experimental de anticorpos após ter testado positivo para o vírus.
As hospitalizações em toda a Europa têm aumentado rapidamente, embora na maioria dos países ainda estejam muito abaixo dos níveis de abril a junho.
O ministro da Saúde da Polônia, Adam Niedzielski, disse que o remdesivir estava em falta em alguns hospitais. A última remessa do pedido da UE para o país chegou na sexta-feira passada.
A Espanha, que tem a maior taxa de infecção da Europa, viveu escassez no fim de agosto, segundo sua agência de medicamentos. Agora tem doses suficientes para atender às necessidades nas próximas semanas, informou o Ministério da Saúde.
O Reino Unido racionou seu fornecimento, priorizando os pacientes com covid-19 que mais precisam.
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