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Campanha do TJMS auxiliará vítimas de violência doméstica
| TJMS
Diante do significativo crescimento de violência contra mulher no período de isolamento social, a juíza Helena Alice Machado Coelho, coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS, além de continuar as ações promovidas anteriormente pela Coordenadoria, iniciou uma série de lives para abordar temas que afetam diretamente a mulher vítima de todo tipo de violência.
Contudo, a magistrada continuou buscando formas de levar a informação até as mulheres e inicia nos próximos dias uma campanha que visa atender as vítimas que não sabem como buscar ajuda.
“Infelizmente, mesmo estando na era tecnológica, muitas mulheres que sofrem todo tipo de abuso e violência não têm acesso à informação e os meios de comunicação, principalmente as redes sociais, são a forma de alcançar esse público. Por isso pensamos em uma campanha informativa', explicou Helena.
Mesmo com o número tão elevado de feminicídios, que somam quatro apenas na Capital em 2020, comparados com cinco em todo o ano de 2019, Helena acredita que é possível combater a violência que faz a mulher de vítima, não importando sua classe social, raça, instrução, profissão, enfim, não havendo nenhum tipo de distinção.
A juíza defende que é necessário buscar ajuda, porém acreditar e confiar na justiça talvez seja o passo mais difícil pra quem viveu um emaranhado de emoções em razão das violências sofridas.
“Em média, 75% das mulheres vítimas de feminicídio nunca acessaram o sistema de justiça. Isso significa que nunca soubemos que eram vítimas de violência porque elas não procuraram a delegacia, não pediram medida protetiva. Invariavelmente, o feminicídio é cometido quando as mulheres já retiraram a medida protetiva, o que demonstra a efetividade da medida protetiva', ressaltou a coordenadora.
Com a campanha, Helena também deseja mostrar que a sociedade pode ajudar a livrar mulheres da violência, que as vítimas não são culpadas pelas agressões que sofrem e que o isolamento social, causado pela pandemia, está resultando no aumento de violência dentro de casa.
“O delicado e grave momento que a humanidade atravessa acentua muitos problemas familiares e o resultado é o aumento da violência de gênero. Precisamos enfrentar os problemas e ajudar quem não consegue romper o ciclo de violência. O papel social das mulheres é uma carga muito pesada a ser carregada e ela não consegue sair do relacionamento abusivo', completou Helena.
Ao concluir, a juíza conclamou vizinhos, amigos e pessoas que convivem próximas de uma vítima de violência a denunciar. “Fiquemos todos atentos. Em distanciamento social, a mulher não consegue sair para pedir ajuda, não consegue chegar até as autoridades. Mulheres, denunciem e não se calem. Mesmo durante a pandemia, os serviços do 180, que garante o anonimato de quem liga, e 190 estão funcionando. Continuem procurando ajuda. Se as vítimas ficarem caladas, infelizmente não temos como ajudar'.
Campanha – As peças publicitárias mostrarão frases como “Fique em casa, mas sem violência', “Violência doméstica é crime'.
Assim, a campanha encabeçada pela Coordenadoria da Mulher do TJMS consiste em fornecer orientações para mulheres em situação de violência como, por exemplo, manter contato com amigos e familiares; salvar nos contatos do celular os números dos serviços de emergência, denunciar.
Para os vizinhos há ainda um recado na campanha: se perceber alguma situação de violência doméstica não hesite em ligar para o 190, porque é possível salvar vidas.
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